JESUS CRISTO.
JÔNATAS, UM AMIGO DE VERDADE
"Sucedeu que,
acabando Davi de falar com Saul, a alma de Jônatas se ligou com a de Davi, e
Jônatas o amou como a sua própria alma. Saul, naquele dia, o tomou e não lhe
permitiu que tornasse para casa de seu pai. Jônatas e Davi fizeram aliança;
porque Jônatas o amava com a sua própria alma. Despojou-se Jônatas da capa que
vestia e deu a Davi, como também a armadura, inclusive a espada, o arco e o
cinto. 1 Samuel 18.1-4"
Jônatas era o filho mais velho de Saul com sua única esposa, e, portanto, o herdeiro natural do trono. Nada sabemos de sua infância; quando aparece pela primeira vez já é um adulto com capacidade para comandar tropas militares. Em (ver 1 Samuel 13), lemos como incitou uma guerra entre Israel e os filisteu e atacou a guarnição deles em Gibeá "Jônatas derrotou a guarnição dos filisteus que estava em Gibeá, o que os filisteu ouviram; pelo que Saul fez tocar a trombeta por toda terra, dizendo: Ouçam isso os hebreus. Todo Israel ouviu dizer: Saul derrotou a guarnição dos filisteus, e também Israel se fez odioso aos filisteus: Então, o povo foi convocado para junto de Saul, em Gilgal. 1 Samuel 13.3-4". Esta ação ocasionou uma convocação geral e uma reunião pré-arranjada entre Saul e Samuel, em Gilgal "Quando estes sinais te sucederem, faze o que a ocasião te pedir, porque DEUS é contigo. Tu porém, descerá adiante de mim a Gilgal, e eis que eu descerei a ti, para sacrificar holocausto e para apresentar ofertas pacíficas; sete dias esperarás, até que eu venha ter contigo e te declare o que hás de fazer. 1 Samuel 10.7-8". A falha de Saul em esperar a chegada de Samuel causou uma ruptura entre o rei e o profeta e deixou Israel sem direção divina para a batalha que se aproximava "Também alguns hebreus passaram o Jordão para a terra de Gade e Gileade; e o povo que permaneceu com Saul, estando este ainda em Gigal, se encheu de temor. Esperou Saul sete dias, segundo o prazo determinado por Samuel; não vindo, porém, Samuel a Gigal, o povo se foi espalhando dali. Então, disse Saul: Trazei-me aqui o holocausto e ofertas pacíficas. E ofereceu o holocausto. Mal acabara ele de oferecer o holocausto, eis que chega Samuel; Saul lhe saiu ao encontro, para o saudar. Samuel perguntou: Que fizeste? Respondeu Saul: Vendo que o povo se ia espalhando daqui, e que tu não vinhas nos dias aprazados, e que os filisteus já se tinham ajuntado em Micmás. Eu disse comigo: Agora, descerão os filisteus contra mim a Gilgal, e ainda não obtive a benevolência do SENHOR; e, forçado pelas circunstâncias, ofereci holocaustos. então, disse Samuel a Saul: Procedestes nesciamente em não guardar o mandamento que o SENHOR, teu DEUS, te ordenou; pois teria, agora, o SENHOR confirmado o teu reino sobre Israel para sempre. Já agora não subsistirá o teu reino. O SENHOR buscou para si um homem que lhe agrada e já lhe ordenou que seja príncipe sobre o seu povo, porquanto não guardaste o que o SENHOR te ordenou. Então se levantou Samuel subiu de Gilgal a Gibeá de Benjamim. Logo, Saul contou o povo que se achava com ele, cerca de seiscentos homens. 1 Samuel 13.7-15". Nesta difícil situação, novamente foi Jônatas quem tomou a iniciativa: Acompanhado somente por seu leal escudeiro, escalou uma perigosa encosta de montanha, para surpreender um posto avançado dos filisteus. O ousado assalto do filho do rei foi tão bem-sucedido que o pânico se espalhou "Sucedeu que, um dia, disse Jônatas, filho de Saul, ao seu jovem escudeiro: Vem, passemos a guarnição dos filisteus, que está do outro lado. Porém não o fez saber ao seu pai. Saul se encontrava na extremidade de Gibeá, debaixo da romeira em Migrom; e o povo que estava com ele eram cerca de seiscentos homens. Aías, filho de Aitube, irmão de Icabode, filho de Finéias filho de Eli, sacerdote do SENHOR em Silo, trazia a estola sacerdotal. O povo não sabia que Jônatas tinha ido. entre os desfiladeiros planos quais Jônatas procurava passar a guarnição dos filisteus, deste lado havia uma penha íngreme, e do outro, outra; uma se chamava Bozez; a outra, Sené. Uma delas erguia ao norte, defronte de Micmás; a outra, ao sul, defronte de Geba. Disse, pois, Jônatas ao seu escudeiro: Vem, passemos a guarnição destes incircuncisos; porventura, o SENHOR nos ajudará nisto, porque para o SENHOR nenhum impedimento há de livrar com muitos ou com poucos. Então, o seu escudeiro lhe disse: Faze tudo segundo o inclinar o teu coração; eis-me aqui contigo, a tua disposição será a minha. Disse, pois, Jônatas: Eis que passaremos aqueles homens e nos daremos a conhecer a eles. Se nos disserem assim: Parai até que cheguemos a vós outros; então, ficaremos onde estamos e não subiremos a eles. Porém se disserem: Subi a nós; então, subiremos, pois o SENHOR no-los entregou nas mãos. Isto nos servirá de sinal. Dando-se, pois, ambos a conhecer a guarnição dos filisteus, disseram estes: Eis que já os hebreus estão saindo dos buracos em que se tinham escondido. Os homens da guarnição responderam Jônatas e ao seu escudeiro e disseram: Subi a nós, e nós vos daremos uma lição. Disse Jônatas ao escudeiro: Sobe atrás de mim, porque o SENHOR os entregou nas mãos de Israel. Então, trepou Jônatas de gatinhas,e o seu escudeiro, atrás; e os filisteus caíram diante de Jônatas, e o seu escudeiro os matava atrás dele. Sucedeu esta primeira derrota, em que Jônatas e o seu escudeiro mataram perto de vinte homens, em cerca de meia jeira de terra. Houve grande espanto no arraial, no campo e em todo o povo; também a mesma guarnição e os saqueadores tremeram, e até a terra se estremeceu; e tudo passou a ser um terror de DEUS. Olharam as sentinelas de Saul, em Gibeá de Benjamim, e eis que a multidão se dissolvia, correndo uns para cá, outros para lá. 1 Samuel 14.1-16", quando Saul entrou em cena os filisteus estavam tão confusos que mataram uns aos outros. "Então, Saul e todo povo que estava com ele se ajuntaram e vieram a peleja; e a espada de um era contra o outro, e houve mui grande tumulto. 1 Samuel 14.20".
Apesar de Jônatas ter sido habilidoso e corajoso guerreiro, ele é lembrado principalmente por causa da sua lealdade e profunda afeição por Davi, com o qual fez uma aliança.
A lição que Jônatas nos ensina é a de que é possível existir uma grande amizade que transcendem a ambição pessoal e as circunstâncias familiares.
CONCLUSÃO
Em Jônatas temos a história de uma amizade que transcende a ambição pessoal, as diferenças familiares e até mesmo as circunstâncias de guerra. É una amizade baseada no relacionamento da vontade de DEUS para seu povo, expressa por intermédio de um homem, Davi. É uma amizade que dura porque as partes deste relacionamento estão compromissadas, não importando suas próprias necessidades e desejos. É uma amizade que pode servir de modelo, não apenas para nossa amizades, mas para o nosso compromisso com JESUS CRISTO, aquele que é o verdadeiro e eterno Rei, não apenas de Israel, mas do mundo inteiro.
APLICAÇÃO
Avalie as suas amizades. Pergunte a você mesmo se elas estão baseadas no amor verdadeiro, na lealdade, na confiança, e na mesma "FÉ" do SENHOR JESUS, e se há disposição em se fazer sacrifícios. Lembre-se: A única forma de se ter um grande amigo é ser um grande amigo.
INTRODUÇÃO
Jônatas
e Davi deixaram um grande exemplo de amizade leal, desinteressada e duradoura.
O curso natural da história os levaria a serem inimigos em disputa por um mesmo
trono, mas DEUS transformou suas vidas em uma grande lição de mútuo
respeito, valorização do compromisso, e amor sacrificial. Ao estudarmos sua
história, procuremos aplicar seus ensinos as nossas amizades e relacionamentos.
1 - SUA HISTÓRIA
Jônatas era o filho mais velho de Saul com sua única esposa, e, portanto, o herdeiro natural do trono. Nada sabemos de sua infância; quando aparece pela primeira vez já é um adulto com capacidade para comandar tropas militares. Em (ver 1 Samuel 13), lemos como incitou uma guerra entre Israel e os filisteu e atacou a guarnição deles em Gibeá "Jônatas derrotou a guarnição dos filisteus que estava em Gibeá, o que os filisteu ouviram; pelo que Saul fez tocar a trombeta por toda terra, dizendo: Ouçam isso os hebreus. Todo Israel ouviu dizer: Saul derrotou a guarnição dos filisteus, e também Israel se fez odioso aos filisteus: Então, o povo foi convocado para junto de Saul, em Gilgal. 1 Samuel 13.3-4". Esta ação ocasionou uma convocação geral e uma reunião pré-arranjada entre Saul e Samuel, em Gilgal "Quando estes sinais te sucederem, faze o que a ocasião te pedir, porque DEUS é contigo. Tu porém, descerá adiante de mim a Gilgal, e eis que eu descerei a ti, para sacrificar holocausto e para apresentar ofertas pacíficas; sete dias esperarás, até que eu venha ter contigo e te declare o que hás de fazer. 1 Samuel 10.7-8". A falha de Saul em esperar a chegada de Samuel causou uma ruptura entre o rei e o profeta e deixou Israel sem direção divina para a batalha que se aproximava "Também alguns hebreus passaram o Jordão para a terra de Gade e Gileade; e o povo que permaneceu com Saul, estando este ainda em Gigal, se encheu de temor. Esperou Saul sete dias, segundo o prazo determinado por Samuel; não vindo, porém, Samuel a Gigal, o povo se foi espalhando dali. Então, disse Saul: Trazei-me aqui o holocausto e ofertas pacíficas. E ofereceu o holocausto. Mal acabara ele de oferecer o holocausto, eis que chega Samuel; Saul lhe saiu ao encontro, para o saudar. Samuel perguntou: Que fizeste? Respondeu Saul: Vendo que o povo se ia espalhando daqui, e que tu não vinhas nos dias aprazados, e que os filisteus já se tinham ajuntado em Micmás. Eu disse comigo: Agora, descerão os filisteus contra mim a Gilgal, e ainda não obtive a benevolência do SENHOR; e, forçado pelas circunstâncias, ofereci holocaustos. então, disse Samuel a Saul: Procedestes nesciamente em não guardar o mandamento que o SENHOR, teu DEUS, te ordenou; pois teria, agora, o SENHOR confirmado o teu reino sobre Israel para sempre. Já agora não subsistirá o teu reino. O SENHOR buscou para si um homem que lhe agrada e já lhe ordenou que seja príncipe sobre o seu povo, porquanto não guardaste o que o SENHOR te ordenou. Então se levantou Samuel subiu de Gilgal a Gibeá de Benjamim. Logo, Saul contou o povo que se achava com ele, cerca de seiscentos homens. 1 Samuel 13.7-15". Nesta difícil situação, novamente foi Jônatas quem tomou a iniciativa: Acompanhado somente por seu leal escudeiro, escalou uma perigosa encosta de montanha, para surpreender um posto avançado dos filisteus. O ousado assalto do filho do rei foi tão bem-sucedido que o pânico se espalhou "Sucedeu que, um dia, disse Jônatas, filho de Saul, ao seu jovem escudeiro: Vem, passemos a guarnição dos filisteus, que está do outro lado. Porém não o fez saber ao seu pai. Saul se encontrava na extremidade de Gibeá, debaixo da romeira em Migrom; e o povo que estava com ele eram cerca de seiscentos homens. Aías, filho de Aitube, irmão de Icabode, filho de Finéias filho de Eli, sacerdote do SENHOR em Silo, trazia a estola sacerdotal. O povo não sabia que Jônatas tinha ido. entre os desfiladeiros planos quais Jônatas procurava passar a guarnição dos filisteus, deste lado havia uma penha íngreme, e do outro, outra; uma se chamava Bozez; a outra, Sené. Uma delas erguia ao norte, defronte de Micmás; a outra, ao sul, defronte de Geba. Disse, pois, Jônatas ao seu escudeiro: Vem, passemos a guarnição destes incircuncisos; porventura, o SENHOR nos ajudará nisto, porque para o SENHOR nenhum impedimento há de livrar com muitos ou com poucos. Então, o seu escudeiro lhe disse: Faze tudo segundo o inclinar o teu coração; eis-me aqui contigo, a tua disposição será a minha. Disse, pois, Jônatas: Eis que passaremos aqueles homens e nos daremos a conhecer a eles. Se nos disserem assim: Parai até que cheguemos a vós outros; então, ficaremos onde estamos e não subiremos a eles. Porém se disserem: Subi a nós; então, subiremos, pois o SENHOR no-los entregou nas mãos. Isto nos servirá de sinal. Dando-se, pois, ambos a conhecer a guarnição dos filisteus, disseram estes: Eis que já os hebreus estão saindo dos buracos em que se tinham escondido. Os homens da guarnição responderam Jônatas e ao seu escudeiro e disseram: Subi a nós, e nós vos daremos uma lição. Disse Jônatas ao escudeiro: Sobe atrás de mim, porque o SENHOR os entregou nas mãos de Israel. Então, trepou Jônatas de gatinhas,e o seu escudeiro, atrás; e os filisteus caíram diante de Jônatas, e o seu escudeiro os matava atrás dele. Sucedeu esta primeira derrota, em que Jônatas e o seu escudeiro mataram perto de vinte homens, em cerca de meia jeira de terra. Houve grande espanto no arraial, no campo e em todo o povo; também a mesma guarnição e os saqueadores tremeram, e até a terra se estremeceu; e tudo passou a ser um terror de DEUS. Olharam as sentinelas de Saul, em Gibeá de Benjamim, e eis que a multidão se dissolvia, correndo uns para cá, outros para lá. 1 Samuel 14.1-16", quando Saul entrou em cena os filisteus estavam tão confusos que mataram uns aos outros. "Então, Saul e todo povo que estava com ele se ajuntaram e vieram a peleja; e a espada de um era contra o outro, e houve mui grande tumulto. 1 Samuel 14.20".
Assim,
nessas primeiras aparições, Jônatas já se destacou como um herói e homem de FÉ
conquistando grandes vitórias. As qualidades de Jônatas, sua FÉ e seu caráter
contrastam com a falta destas virtudes em seu pai em diversas maneiras.
Enquanto Saul, depois de sua rejeição final como rei (ver 1 Samuel 15), ficou
louco, ao tentar obstruir o decreto divino de acordo com o qual
seria substituído por um escolhido por DEUS "Já agora não subsistirá o teu
reino. O SENHOR buscou para si um homem que lhe agrada e já lhe ordenou
que seja príncipe sobre o seu povo, porquanto não guardastes o que o SENHOR te
ordenou. 1 Samuel 13.14", Jônatas, o segundo na linha de sucessão,
espontaneamente transferiu a Davi o direito ao trono "Sucedeu que, acabando Davi de
falar com Saul, a alma de Jônatas se ligou com a de Davi; e Jônatas o amou como
a sua própria alma. Saul, naquele dia, o tornou e não lhe permitiu que tornasse
para casa de seu pai. Jônatas e Davi fizeram aliança; porque Jônatas o amava
como a sua própria alma. Despojou-se Jônatas da capa que vestia e a deu a Davi,
como também a armadura, inclusive a espada, o arco e o cinto. 1 Samuel
18.1-4". Embora o texto não
faça nenhuma declaração explícita, provavelmente foi a submissão a rejeição
divina da casa de SAUL que causou sua falta de envolvimento diante da ameaça
dos filisteus (1 Samuel 17 ), pois contrasta com suas ousadas façanhas
mencionadas anteriormente em ( 1 Samuel 13 - 14 ).
Quando
foi obrigado a escolher entre o pai e Davi, Jônatas ficou ao lado do amigo, o
qual reconhecia como o escolhido do SENHOR "E
lhe disse: Não temas, porque a mão de Saul, meu pai, não te achará; porém tu
reinarás sobre Israel, e eu serei contigo o segundo, o que também Saul, meu
pai, bem sabe. 1 Samuel 23.17". Apesar disto, como um filho leal,
acompanhou o pai ao monte Gilboa para uma batalha final e desastrosa contra os
filisteus. Ali, juntamente com seus irmãos, perdeu a vida nas mãos dos inimigos,
enquanto o rei Saul, gravemente ferido, tirou a própria existência, quando se
jogou sobre sua espada. No início de 2 Samuel, Davi elogia a bravura de Saul e
de Jônatas, mas reserva as palavras finais para expressar sua tristeza pela
perda do companheiro, ao qual chamava de "meu irmão",
enaltecendo a qualidade altruísta do amor e da fidelidade do amigo. "Angustiado estou por ti, meu
irmão Jônatas; tu era amabilíssimo para comigo! Excepcional era o teu amor,
ultrapassando o amor de mulheres. 2 Samuel 1.26".
2 -
SUA AMIZADE COM DAVI
Apesar de Jônatas ter sido habilidoso e corajoso guerreiro, ele é lembrado principalmente por causa da sua lealdade e profunda afeição por Davi, com o qual fez uma aliança.
Tudo se
inicia no capítulo 18 de 1 Samuel, após a vitória sobre o gigante Golias,
quando Davi foi foi levado para a corte do rei Saul. Naquele momento,
"Jônatas e Davi fizeram aliança; porque Jônatas o amava como a sua própria
alma. 1 Samuel 18.3". O ato praticado por Jônatas de tirar suas insígnias,
sua armadura e suas armas era um reconhecimento do valor de Davi, por quem
Jônatas estava disposto a dar até mesmo o seu direito ao trono.
Por
outro lado, em virtude da exaltação popular ao grande feito de Davi, Saul
sentiu ciúmes e medo, pois começou a entender que seria substituído, e passou a
perseguir Davi e tratá-lo como inimigo. Ainda assim, Jônatas permaneceu fiel a
sua amizade de aliança com Davi, aceitando agir como intermediário numa
tentativa de reconciliar seu pai com ele, que resultou infrutífera. (Ver 1
Samuel 19.1-11).
Em novo
encontro com Jônatas, Davi idealizou um teste em que Jônatas deveria observar a
reação do rei a ausência de Davi no seu banquete, e assim revelaria suas
intenções. Durante esse encontro Jônatas prometeu manter Davi informado das
intenções de seu pai e aproveitou a oportunidade para fazer um apelo a Davi, a
quem reconhecia como futuro rei. "Se eu, então, ainda viver, porventura,
não usarás para comigo de bondade do SENHOR, para que não morra. 1 Samuel 20.14".
Isto é, quando Davi estivesse no poder, era de se esperar que toda a família
real e todos aqueles que apoiaram o regime anterior fossem mortos. O filho do
rei em plena consciência de que renunciou ao trono em favor de Davi e de que
não sobreviveria a ascensão do novo rei. Posteriormente, Davi iria se lembrar
do juramento a Jônatas e honrar o filho dele "Então, lhe disse Davi: Não
temas, porque usarei de bondade para contigo, por amor de Jônatas, teu pai, e
te restituirei todas as terras de Saul, teu pai, e tu comerás pão sempre a
minha mesa. 2 Samuel 9.7" e poupá-lo da morte "Porém o rei poupou a
Mefibosete, filho de Jônatas, filho de Saul, por causa do juramento ao SENHOR,
que entre eles houvera, entre Davi Jônatas, filho de Saul. 2 Samuel 21.7".
Jônatas
não só percebe a raiva de Saul para com Davi, mas ele próprio se torna alvo
dela, pois sua profunda ligação com Davi provoca o ressentimento de Saul, que
procura matá-lo. Na manhã seguinte, em local combinado, Jônatas avisa, através
de sinais combinados, que seu pai desejava matar Davi. Eles ainda se encontram
por instantes, se dependem calorosamente, e se lembram do compromisso perante o
SENHOR.
Davi e
Jônatas ainda se encontram brevemente e pela última vez "Vendo, pois, Davi
que Saul saíra a tirar-lhe a vida, deteve-se no deserto de Zife, em horesa.
Então, se levantou Jônatas, filho de Saul, e foi para Davi, a Horesa, e lhe
fortaleceu a confiança em DEUS, e lhe disse: Não temas, porque a mão de Saul,
meu pai, não te achará; porém tu reinarás sobre Israel, e eu serei
contigo o segundo, o que também Saul, meu pai, bem sabe. E ambos fizeram
aliança perante o SENHOR. Davi ficou em Horesa, e Jônatas voltou para sua casa.
1 Samuel 23.15-18". Neste encontro Jônatas lhe fortalece a confiança em
DEUS afirmando que era vã a esperança que seu pai tinha de se livrar de Davi e
de restaurar sua dinastia. A mão de Saul não seria vitoriosa, pois DEUS tinha
outro plano, o que o próprio Saul já sabia.
3 -
SUAS LIÇÕES
A lição que Jônatas nos ensina é a de que é possível existir uma grande amizade que transcendem a ambição pessoal e as circunstâncias familiares.
A
amizade verdadeira entre duas pessoas, como a que havia entre Davi e Jônatas,
propicia um modelo bastante notável de fraternidade cristã.
Jônatas jurou
lealdade a Davi a qualquer preço, abrindo mão até mesmo do seu direito ao trono
afim que Davi pudesse ter a primazia.
Jônatas podia
ser o filho do rei, mas vê o Espírito de DEUS em Davi e nisto está o seu
interesse, mais do que a própria ambição pessoal, o que se constitui num grande
contraste com seu pai.
Nesta
verdadeira amizade encontramos paralelos entre Davi e JESUS. Primeiramente
observamos que as atitudes de Jônatas nos fazem lembrar de João Batista, quando
lhe informaram que JESUS estava batizando. Ele, humildemente, resumiu sua
resposta em uma frase: "Convém que ele cresça e que eu diminua. João
3.30". Assim também, Jônatas está preparado para renunciar seus direitos
pelo bem daquele que DEUS ungiu como futuro rei de Israel. Estamos também
pronto a fazer isto por nossos amigos? "Nada façais por partidarismo ou
vanglória, mas por humildade, considerando cada um os outros superiores a si
mesmo. Filipenses 2.3"; "Amai-vos cordialmente uns aos outros com
amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros. Romanos 12.10";
"Ninguém tem maior amor do que este: De dar alguém a própria vida em favor
dos seus amigos. João 15.13".
Outro
paralelo é visto no fato de que Jônatas abre mão do seu reinado ao constatar
que o SENHOR escolhera Davi, e assim dedica seu amor e lealdade a ele como rei.
Assim também JESUS exige nosso amor, respeito e obediência, pois ele é o ungido
de DEUS para reinar. Deste modo, quando enfrentamos a escolha entre nossa
ambição pessoal e seguir a JESUS CRISTO, qual é a nossa resposta? Para que
CRISTO reine em nossa vida, é preciso destronar o "EU" dos nossos
corações com os nossos próprios desejos e propósitos.
Lealdade, amor e "FÉ" no mesmo DEUS são as características que
permeiam a amizade entre Jônatas e Davi, e que deveriam ser características de
todas as verdadeiras amizades.
CONCLUSÃO
Em Jônatas temos a história de uma amizade que transcende a ambição pessoal, as diferenças familiares e até mesmo as circunstâncias de guerra. É una amizade baseada no relacionamento da vontade de DEUS para seu povo, expressa por intermédio de um homem, Davi. É uma amizade que dura porque as partes deste relacionamento estão compromissadas, não importando suas próprias necessidades e desejos. É uma amizade que pode servir de modelo, não apenas para nossa amizades, mas para o nosso compromisso com JESUS CRISTO, aquele que é o verdadeiro e eterno Rei, não apenas de Israel, mas do mundo inteiro.
APLICAÇÃO
Avalie as suas amizades. Pergunte a você mesmo se elas estão baseadas no amor verdadeiro, na lealdade, na confiança, e na mesma "FÉ" do SENHOR JESUS, e se há disposição em se fazer sacrifícios. Lembre-se: A única forma de se ter um grande amigo é ser um grande amigo.
DIÁCONO - LUIZ MARIANO SIQUEIRA
LIÇÃO Nº 6 DA REVISTA NOSSA FÉ
NUVEM DE TESTEMUNHAS
SALGUEIRO-PERNAMBUCO 22/01/2016
LIÇÃO Nº 6 DA REVISTA NOSSA FÉ
NUVEM DE TESTEMUNHAS
SALGUEIRO-PERNAMBUCO 22/01/2016
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