JESUS CRISTO VOLTARÁ.

POR MAIS LONGA E ESCURA E TENEBROSA A NOITE, NÃO TE DESESPERE O SOL VOLTARÁ A BRILHAR. POR MAIS DIFÍCIL A BATALHA NÃO TE DESESPERE JESUS CRISTO QUER TE DAR A VITÓRIA, SE ATENTAMENTE OUVIRES A VOZ DO SENHOR TEU DEUS E OBEDECER, O SENHOR TEU DEUS TE EXALTARÁ SOBRE TODAS AS NAÇÕES, ESTÁ DIFÍCIL VENCER A BATALHA, NÃO TEMAS SEJA OBEDIENTE A DEUS E A VITÓRIA É SUA. MAIS, NÃO ESQUEÇA JESUS CRISTO ESTÁ VOLTANDO ESTÁ PRONTO PARA SUA VOLTA. OS SINAIS ESTÃO SE CUMPRINDO, NÃO SEJA PEGO NU, PORQUE NÃO SERÁS ARREBATADO. A QUEM ESTÁ SEGUINDO, O MUNDO OU A JESUS CRISTO.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

EZEQUIAS E A VITÓRIA DA FÉ

JESUS CRISTO.

         EZEQUIAS E A VITÓRIA DA FÉ


   "Depois destas coisas e desta fidelidade, veio Senaqueribe, rei da Assíria, entrou em Judá, acampou-se contra as cidades fortificadas e intentou apoderar-se delas. vendo, pois, Ezequias que Senaqueribe vinha e que estava e que estava resolvido a pelejar contra Jerusalém, resolveu, de acordo com seus príncipes e os seus homens valentes, tapar as fontes das águas que havia fora da cidade; e eles o ajudaram. Assim, muito povo se ajuntou, e taparam todas as fontes, como também o ribeiro que corria pelo meio da terra, pois diziam: Por que viriam os reis da Assíria e achariam tantas águas? Ele cobrou ânimo, restaurou todo o muro quebrado e sobre ele ergueu torres; levantou também o outro muro por fora, fortificou a Milo na Cidade de Davi e fez armas e escudos em abundância. Pôs oficiais de guerra sobre o povo, reuniu-os na praça na porta da cidade e lhes falou ao coração, dizendo: Sedes fortes e corajosos, não temais, nem vos assusteis por causa do rei da Assíria, nem por causa de toda a multidão que está com ele; porque um há conosco maior do que está com ele. Com ele está o braço de carne, mas conosco, o SENHOR, nosso DEUS,  para nos ajudar e para guerrear nossas guerras. O povo cobrou ânimo com as palavras de Ezequiel, rei de Judá. Depois disto, enquanto Senaqueribe, rei da Assíria, com todo seu exército sitiava Laquis, enviou os seus servos a Ezequias, rei de Judá, que estava em Jerusalém, dizendo: Diante de apenas um altar vos prostrareis e sobre ele queimareis incenso? Não sabeis vós o que eu e meus pais fizemos a todos os povos da terras? Acaso, puderam, de qualquer maneira, os deuses das nações daquelas terras livrar o seu país das minhas mãos? Qual é, de todos os deuses daquelas nações que meus pais destruíram, que pôde livrar o seu povo das minhas mãos, para que vosso DEUS vos possa livrar das minhas mãos? Agora, pois, não vos engane Ezequias, nem vos incitem assim, nem lhe deis crédito; porque nenhum deus de nação alguma, nem de reino algum pôde livrar o seu povo das minhas mãos, nem das mãos de meus pais; quanto menos vos poderá livrar o vosso DEUS das minhas mãos? Os seus servos falaram ainda mais contra o SENHOR DEUS e contra Ezequias, seu servo. Senaqueribe escreveu também cartas, para blasfemar do SENHOR, DEUS de Israel, e para para falar contra ele, dizendo: Assim como os deuses das nações de outras terras não livraram o seu povo das minhas mãos, assim também o DEUS de Ezequias não livrará o seu povo das minhas mãos. Clamaram os servos em alta voz em judaico contra o povo de Jerusalém, que estava sobre o muro, para os atemorizar e os perturbar, para tomarem a cidade. Falaram do DEUS de Jerusalém, como os deuses dos povos da terra, obras das mãos dos homens. Porém o rei Ezequias e Isaías, o profeta, filho de Amoz, oraram por causa disso e clamaram ao céu. Então, o SENHOR enviou um anjo que destruiu todos os homens valentes, os chefes e os príncipes no arraial do rei da Assíria; e este, com o rosto coberto de vergonha, voltou para sua terra. Tendo ele entrado na casa de seu deus, os seus próprios filhos na casa de seu deus, os seus próprios filhos ali o mataram, a espada. Assim, livrou o SENHOR a Ezequias e os moradores de Jerusalém das mãos de Senaqueribe, rei da Assíria, e das mãos de todos os inimigos; e lhes deu paz por todos os lados. Muitos traziam presentes a Jerusalém ao SENHOR e coisas preciosíssimas a Ezequias, rei de Judá, de modo que, depois disto, foi enaltecido à vista de todas as nações. 2 Crônicas 32.1-23".

    INTRODUÇÃO


   Ezequias foi um rei piedoso, como todos os relatos bíblicos demonstram (2 Reis 18-20; 2 Crônicas 29-33; Isaías 33-39). De acordo com o autor dos livros dos Reis, não houve outro como ele, nem antes, nem depois, porque Ezequias confiava no SENHOR “Confiou no SENHOR, DEUS de Israel, de maneira que depois dele não houve seu semelhante entre todos os reis de Judá, nem entre os que foram antes dele. 2 Reis 18.5”. Um testemunho da fidelidade dele também é dado em Jeremias “Miquéas, o morastita, profetizou nos dias de Ezequias, rei de Judá, dizendo: Sião será lavrada como o campo, Jerusalém se tornará em montão de ruínas, e o monte do templo, numa colina coberta de mato. Mataram-no, acaso, Ezequias, rei de Judá? Antes, não temeu este ao SENHOR, não implorou a favor do SENHOR? E o SENHOR não se arrependeu do mal que falara contra eles? E traríamos nós tão grande mal sobre a nossa alma? Jeremias 26.18-19”. Miquéas, contemporâneo de Isaías, profetizara que Jerusalém seria destruída “Portanto, por causa de vós, Sião será lavrada como um campo, e Jerusalém se tornará em montões de ruínas, e o monte do templo, numa colina coberta de mato. Miquéas 3.12”. A resposta desse rei a tal foi humilhar-se. Buscou ao SENHOR e a calamidade não aconteceu. Cem anos mais tarde os anciãos, no tempo de Jeremias, estavam familiarizados com a história do livramento de DEUS e da fidelidade de Ezequias. Conheçamos, assim, sua história repleta de grandes desafios.

          1 – AS REFORMAS DE EZEQUIAS

Ezequias foi responsável por uma grande faxina espiritual na vida do povo de Judá, e pelo restabelecimento do culto autêntico ao SENHOR. O segundo livro das Crônicas (29.1 – 31.21) apresenta um relato detalhado de suas reformas, que começaram imediatamente após a coroação “No primeiro ano do seu reinado, no primeiro mês, abriu as portas da Casa do SENHOR e as reparou. 2 Crônicas 29.3”.
   A reforma teve como objetivo principal centralizar a adoração ao SENHOR novamente em Jerusalém. Como parte desse programa, o jovem rei ordenou que o templo fosse reaberto e purificado. A Idolatria foi removida da área do santuário, inclusive a imagem de Neustã, a serpente de bronze que Moisés erigira no deserto, pois essa estátua havia se tornado objeto de culto, o que demonstra quão facilmente substituímos a verdadeira adoração pela falsa.
   Os sacerdotes e levitas voltaram a servir de acordo com os preceitos bíblicos. A música foi incorporada no culto, segundo o costume introduzido nos templos do rei Davi. Ezequias até mesmo incentivou os habitantes do reino do Norte a participar da adoração em Jerusalém, pois nessa época eles não mais possuíam seu centro político. Samaria fora destruída pelos Assírios (722 a.C.) e os israelitas sobreviventes coexistiram com outros povos. Ezequias enviou mensageiros que percorreram toda a região de Judá e Israel, a fim de convidar o povo a adorar ao SENHOR. Alguns dos remanescentes no reino do Norte escarneceram dos mensageiros, mas outros se humilharam e foram participar da páscoa. A maioria do povo de Judá atendeu “Também em Judá se fez sentir a mão de DEUS, dando-lhes um só coração, para cumprirem o mandado do rei e dos príncipes, segunda a PALAVRA DO SENHOR. 2 Crônicas 30.12”.
   Uma grande multidão reuniu-se em Jerusalém para celebrar. A Festa dos Pães Asmos, que ocorre logo depois da páscoa, durou sete dias e foi acompanhada de “GRANDE ALEGRIA”. Tiveram tempo tão maravilhoso em adoração e louvor ao SENHOR, que resolvem estender a festa por mais uma semana. Nada similar a este acontecimento sucedera desde os dias do rei Salomão “Houve grande alegria em Jerusalém; porque desde o dia de Salomão, filho de Davi, rei de Israel, não houve cousa semelhante em Jerusalém. 2 Crônicas 30.26”.
   O povo estava muito contente, devido à experiência maravilhosa que teve durante a festa. Essa alegria espalhou-se por outras áreas. Essa alegria espalhou-se por outras áreas da vida. Um dos resultados foi a destruição de todos os locais ilegítimos usados para adoração em Judá e Israel. Outro resultado foi a restauração dos dízimos e das ofertas generosas trazidas pelo povo para manter em funcionamento.
   O cronista fecha essa seção enfatizando que Ezequias fez o que era bom, reto e verdadeiro “Assim fez Ezequias em todo o Judá; fez o que era bom, reto e verdadeiro perante o SENHOR, seu DEUS. Em toda a obra que começou no serviço da Casa de DEUS, na lei e nos mandamentos, para buscar a seu DEUS, de todo o coração o fez e prosperou. 2 Crônicas 31.20-21”. Viu a necessidade de restaurar o verdadeiro culto ao SENHOR e não perdeu tempo para iniciar o projeto. Seu primeiro mandato já trouxe resultados que foram sentidos por toda a terra.

          2 – ENFRENTANDO O PODEROSO INIMIGO

   A situação de política externa de Judá permanece tensa. Acaz, seu pai, fizera uma aliança com os assírios e por essa razão Ezequias era considerado vassalo deles. Ele conseguiu desenvolver reformas internas, sem incorrer na ira de Sagão II. Todavia, com sua morte em batalha (705 a.c.), Senaqueribe o sucedeu no trono e teve que lidar com as insurreições da Babilônia até o Egito e finalmente em 701 a.C., voltou-se para Judá, para subjugá-la.
     Nos preparativos para enfrentar o exército assírio, Ezequias tapou as fontes externas de água para dificultar a permanência do inimigo, reconstruiu os muros da cidade, ergueu torres e fabricou um grande número de armas e escudos. Também construiu um grande túnel, que ligava o ribeiro de Giom ao poço de Siloé, para garantir a capacidade de Jerusalém resistir ao inimigo por um tempo maior, pois haveria água disponível, mesmo que a cidade fosse sitiada.
   Ezequias era um rei piedoso e bom político. Por um lado, tinha grande confiança no poder do SENHOR para livrá-lo “Com ele (Senaqueribe) está o braço da carne, mas conosco o SENHOR, nosso DEUS para nos ajudar, e para guerrear as nossas guerras. 2 Crônicas 32.8”. Por outro lado, conhecia a crueldade dos assírios; quando se aproximaram, tentou pacificá-los com o pagamento do tributo. Provavelmente arrependeu-se por sua rebelião anterior contra eles.
   O rei assírio, entretanto, enviou Rabsaqué com uma carta e um grande exército a Jerusalém, para exigir a rendição da cidade. Esse comandante assírio tentou desmoralizar os oficiais e os cidadãos judeus, dizendo-lhes em hebraico que ninguém seria capaz de salvá-los das mãos de Senaqueribe.
   Ezequias foi ao templo orar e colocou a carta diante do SENHOR. Em sua oração, reconheceu que somente o Todo-poderoso é DEUS sobre os reinos da terra. Encerrou sua oração implorando que o SENHOR os livrasse de Senaqueribe e, dessa forma, mostrasse que era o único DEUS verdadeiro.
   DEUS enviou sua resposta. A arrogância de Senaqueribe chegara ao conhecimento do SENHOR e, por essa razão, DEUS colocaria anzóis em seu nariz e freio em sua boca Você não percebe que há muito tempo eu já havia determinado tudo isso. Desde a antiguidade planejei o que agora faço acontecer, que você deixaria cidades fortificadas em ruínas. Seus habitantes, sem forças, desanimam-se envergonhados. São como pastagens, como brotos tenros e verdes, como ervas no telhado, queimadas antes de crescer. Eu, porém, sei onde você está, sei quando você sai e quando retorna; e como vocês e enfurece contra mim. Sim, contra mim você se enfureceu e o seu atrevimento chegou aos meus ouvidos. Por isso porei o meu anzol em seu nariz e o meu freio em sua boca, e o farei voltar pelo caminho por onde veio. 2 Reis 19-25-28”. Senaqueribe espalhou sua destruição por toda a região e tornou-se arrogante, ao pensar que construía um império pelo seu próprio poder. Não perceberá que servia a um propósito divino.
   Naquela mesma noite, o Anjo do SENHOR feriu 185 mil soldados assírios; o rei levantou acampamento e, coberto de vergonha voltou para Nínive, onde acabou morto pelos seus filhos, quando se encontrava no templo de seu deus Nisroque.
   Aparentemente, a salvação de Jerusalém resultou em um  reconhecimento em grande escala de que só o SENHOR era DEUS. Muitas pessoas levaram ofertas ao templo Mui­tos trouxeram ­a Jerusalém ofertas para o Senhor e presentes valiosos para Ezequias, rei de Judá. Daquela ocasião em diante ele foi muito respeitado por todas as nações. 2 Crônicas 32.23”. Ezequias também foi exaltado depois desse incidente. Certamente era um milagre ter o exército assírio ao redor da vida, Pronto para atacar, e de repente vê-los em retirada. O SENHOR operou uma obra maravilhosa e fez com que as nações ao redor refletissem sobre aquele acontecimento.

          3 – LIÇÕES DO LIVRAMENTO DE EZEQUIAS

   O cerco de Jerusalém pode representar as grandes dificuldades que nos advêm, e que não nos sentimos preparados para combater. Podem ser dificuldades nos relacionamentos, ou as pressões do diabo em outras áreas.
   Se desejamos vencer as batalhas que se levantam contra nós, temos que aprender com Ezequias a lidar com elas. Em primeiro lugar, aprendemos a tapar as fontes que saciam a sede do inimigo, Ou seja, tudo aquilo que dá força ao inimigo. É preciso que reflitamos sobre como nós mesmos temos alimentado e fortalecido o nosso problema. Ore e procure ajuda de um conselheiro para localizar essas fontes e jogue areia nelas.
   A segunda lição é a necessidade de restaurarmos os muros de nossa vida espiritual, ou seja, temos que concertar as deficiência na nossa comunhão com DEUS, erguer as defesas da FÉ, fortalecer-nos com a palavra, e clamarmos pela misericórdia divina.
   A terceira lição está no enfrentamento da dúvida, pois a maior estratégia inimiga é nos fazer cair da FÉ através da desconfiança e da intimidação. Foi assim que agiu Rabsaqué, tentando minar a confiança do povo. É preciso então, lutar contra as dúvidas quanto ao poder de DEUS, seu propósito e seu amor para conosco. É preciso dizer como o Salmista: “Firme está o meu coração, ó DEUS Salmos 57.7”. A melhor arma contra a dúvida é a FÉ alimentada pela oração. Dias de provação devem ser dias de oração.
   No mesmo ano do livramento, 701 a.C., Ezequias foi acometido por sua doença mortal, com a idade de 39 anos. O rei orou para que o SENHOR o curasse, e DEUS lhe deu mais quinze anos de vida. Contudo, após seu tempo de vida ser ampliado, ele não foi grato, mas seu coração se exaltou. Por causa disso, o SENHOR declarou que sua ira viria sobre o rei e sobre todo povo judeu. Ezequias e os moradores de Jerusalém humilharam-se e evitaram a ira de DEUS naquela geração “Ezequias, porém, se humilhou por se ter exaltado o seu coração, ele e os habitantes de Jerusalém; e a ira do SENHOR não veio contra eles nos dias de Ezequias. 2 Crônicas 32.26”.
   Aprendemos com isto que a soberba é um agente secreto mandado pelo inimigo quando a batalha já está quase vencida. Quando estamos livres do inimigo e nos sentimos em paz, este agente ataca-nos enaltecendo pelas nossas vitórias. Por isso, “CUIDADO!” É preciso humildade e o reconhecimento da graça de DEUS. “Tomou, então, Samuel uma pedra, e a pôs entre Mispa e Sem, e lhe chamou Ebenézer, e disse: Até aqui nos ajudou o SENHOR. 1 Samuel 7.12”; “E vós já tendes visto tudo quanto fez o SENHOR, vosso DEUS, a todas estas gerações por causa de vós, porque o SENHOR, vosso DEUS, é o que pelejou por vós. Josué 23.3”.


          CONCLUSÃO

   Por intermédio do rei Ezequias, aprendemos que a primeira preocupação que devemos ter é a de buscarmos prestar uma correta adoração a DEUS, e que isto muitas vezes requer verdadeira reforma em nossa vida. Aprendemos também que, por mais forte que sejam os nossos opressores, pela força do SENHOR, podemos alcançar vitória tapando as fontes, erguendo muros e enfrentando a dúvida lançada pelo inimigo.

          APLICAÇÃO

   Como você pode melhorar na área da adoração? De que modo você pode enfraquecer a ação do inimigo em sua vida? Para quais batalhas específicas você precisa pedir ajuda do SENHOR?


DIÁCONO: LUIS MARIANO SIQUEIRA

LIÇÃO Nº 8 REVISTA NOSSA FÉ

NUVEM DE TESTEMUNHO

SALGUEIRO-PERNAMBUCO 19/02/16

  pode represen

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

O CHAMADO DE AMÓS

JESUS CRISTO.


                   O CHAMADO DE AMÓS

   "Então, Amazias, o sacerdote de Betel, mandou dizer a Jeroboão, rei de Israel: Amós tem conspirado contra ti, no meio da casa de Israel; a terra não pode sofrer todas as suas palavras. Porque assim diz Amós: Jeroboão morrerá à espada, e Israel, certamente, será levado fora de sua terra, em cativeiro. Então, Amazias disse s Amós: Vai-te, o vidente, foge para a terra de Judá, e ali come o teu pão, e ali profetiza; mas em Betel, daqui por diante, já não profetizarás, porque o santuário do rei e o templo do reino. Respondeu Amós e disse a Amazias: Eu não sou profeta, nem discípulo de profeta, mas boieiro e colhedor de sicômoros. Mas o SENHOR me tirou de após o gado e o SENHOR me disse: Vai e profetiza ao meu povo de Israel. Ora, pois, ouve a palavra do SENHOR. Tu dizes: Não profetizaras contra Israel, nem falarás contra a casa de Isaque. Portanto, assim diz o SENHOR: Tua mulher se prostituirá na cidade, teus filhos e tuas filhas cairão a espada, e a tua terra será repartida a cordel, e tu morrerás na terra imunda, e Israel, certamente, será levado cativo para fora da sua terra. Amós 7.10-17".

           INTRODUÇÃO

   No oitavo século a.C. Tanto em Judá quanto em Israel, vivia-se uma prosperidade e otimismo sem paralelos. A religião florescia; pessoas lotavam os  festivais anuais, sacrifícios eram feitos e parecia que DEUS estava satisfeito. Mas os ricos roubavam os pobres; a corrupção crescia e a justiça havia sido esquecida. Os cultos tinham virado ritualismo misturado às práticas dos vizinhos pagãos. Nesse contexto, as palavras de Amós irrompem sobre Israel, o reino do Norte, com todo o terror e a surpresa de um rugido de leão. Em cinco breve visões e oráculos curtos, Amós viu e ouviu o fim de tudo isso. DEUS estava prestes a dar um vigoroso "NÃO" a Israel, e Amós, seria o seu porta voz.

          1 - OBEDIÊNCIA AO CHAMADO

   Amós trabalhava como criador de gado e coletor de sicômoros na cidade de Tecoa, a 10 km ao sul de Belém, em Judá, quando recebeu um chamado divino especial. Um homem ocupado e próspero foi separado de seus interesses seculares para realizar uma missão entre os israelitas, o rebanho de DEUS, que se encontrava errantes e pecaminoso.
   Amós não era profeta por profissão, nem se nomeava ele próprio como tal; não tinha também ambições ou planos de realizar uma carreira como profeta. Sua vida e atenções estavam dirigidas para um trabalho secular, trivial, de natureza rural. De fato, parece que o ministério de Amós foi breve, tendo apenas uma missão, por alguns dias. Por outro lado, ele afirma que foi o SENHOR quem tirou do meio do gado e o comissionou com uma mensagem.
   Quando se defendia de Amazias, o sacerdote do rei Jeroboão 2, que queria convencê-lo a voltar à sua terra e deixar de lado sua missão profética, pois sua presença e mensagem incomodavam em extremo ao reinado e ao sacerdócio daquela época, Amós coloca todo seu argumento sobre o simples fundamento da obediência ao chamado de DEUS. Contra a tentativa de Amazias de desacreditar seu ministério, ele responde que tem autoridade da vocação e a posse de uma palavra vinda de DEUS para falar: "Vai e profetiza ao meu povo de Israel". Amós demonstrou não estar ali por preferência, mas por obediência.
   O que Amós de fato procura deixar claro a Amazias é que ele não é, nem nunca foi profeta no sentido que Amazias entende a palavra, um profeta com um cargo permanente, ligado a um santuário ou a uma corporação de profetas. Qualquer profeta que ele faça vem por dádiva divina, não por um cargo formal ou mesmo por inclinação pessoal "Rugiu o leão, quem não temerá? Falou o SENHOR DEUS, quem não profetizará? Amós 3.8". Amós sustenta que ele não pode  profetizar a Israel, pois está preso a uma ordem do próprio SENHOR.
   Na Bíblia (A PALAVRA DE DEUS) vemos outros chamados divinos em que DEUS tira homens e mulheres comuns de suas atividades corriqueiras para torná-los instrumentos de sua vontade. Em Êxodo 3 vemos outro homem que cuidava de gado ser chamado por DEUS: Moisés; outros tiveram outros chamados. "E disse-lhes: Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens. Mateus 4.19" foram pescadores; em Atos "Mas o SENHOR lhe disse: Vai, porque este é para mim um instrumento escolhido para levar o meu nome perante os gentios e reis, bem como perante os filhos de Israel. Atos 9.15" vemos um terrível perseguidor da Igreja tornando-se um "INSTRUMENTO ESCOLHIDO" para pregar o evangelho. Assim, DEUS, com seu poder, pode fazer de qualquer um que queira, um instrumento nas suas mãos. Neste caso, precisamos estar atento ao seu chamado, e assim como Amós, estar prontos a obedecê-lo. DEUS nunca vê a experiência como o fator mais importante para lhe chamar a um certo lugar na vida.

          2 - LEALDADE A TODA PROVA

    Não há serviço prestado a DEUS sem oposição, sem perseguição e sem provação. Esta verdade está presente na história de Amós, que se depara com duras provas durante seu curto ministério.
   Nessa jornada profética, Amós confrontou-se diretamente com a alta sociedade de sua época e o poder dominante, que, ameaçados, desejavam calar a voz divina. Todavia, assim como Pedro e João perante o Sinédrio “Trouxeram-nos, apresentando-os ao Sinédrio. E o sumo sacerdote interrogou-os, dizendo: Expressamente vos ordenamos que não ensinásseis nesse nome; contudo, enchestes Jerusalém de vossa doutrina; e quereis lançar sobre nós o sangue desse homem. Então, Pedro e os demais apóstolos afirmaram: Antes, importa obedecer a DEUS do que aos homens. Atos 5.27-29”, Amós permaneceu firme e fiel perante as ameaças sofridas.
   A primeira provação sofrida por Amós foi a deturpação de suas palavras “Então, Amazias, o sacerdote de Betel, mandou dizer a Jeroboão, rei de Israel: Amós tem conspirado contra ti, no meio da casa de Israel; a terra não pode sofrer todas as suas palavras. Porque assim diz Amós: Jeroboão morrerá à espada, e Israel, certamente, será levado fora de sua terra, em cativeiro. Amós 7.10-11”. Amazias, o sacerdote de Jeroboão 2, apresenta a mensagem de Amós de tal maneira que transmite uma impressão totalmente falsa desse homem, de sua mensagem e de suas motivações. Suas palavras foram distorcidas a ponto de ser acusado de traição e conspiração. Essa situação foi mais tarde apontada pelo SENHOR JESUS como razão da vitória cristã “Bem-aventurado sois quando, por minha causa, vos injuriarem, e, mentindo, disserem todo mal contra vós. Regozijai-vos e exultai, porque é grande o vosso galardão nos céus; pois assim perseguiram aos profetas que viveram antes de vós. Mateus 5.11-12”. Essas palavras são uma advertência do que temos de nos dispor a enfrentar ao servir ao DEUS altíssimo; portanto estejamos alertas “Amados, não estranheis o fogo ardente que surge no meio de vós, destinado a provar-vos, como se alguma cousa extraordinária vos estivesse acontecendo; pelo contrário, alegrai-vos na medida em que sois coparticipantes dos sofrimentos de CRISTO, para que também, na revelação de sua glória, vos alegreis exultando. Se, pelo nome de CRISTO, sois injuriados, bem-aventurados sois, porque sobre vós repousa o ESPÍRITO da glória de DEUS. 1 Pedro 4.12-14”.
   A segunda prova foi à tentação. Desta vez Amazias colocou em xeque as motivações de Amós quanto à sua missão profética. Primeiro ele é tentado a agir em interesse próprio. As palavras hebraicas vão e fogem “Então, Amazias disse s Amós: Vai-te, o vidente, foge para a terra de Judá, e ali come o teu pão, e ali profetiza. Amós 7.12” incluem uma ênfase implícita: “PARA TEU PRÓPRIO BEM”, dando a entender que, em caso contrário, uma coisa  desagradável aconteceria a ele. Ele também é tentado pelo seu conforto: E ali come o teu pão. Amazias está certo que Amós está trabalhando por dinheiro e que, portanto, deveria procurar seu ganha-pão em sua própria terra, em Judá, onde não encontraria perseguição.
   Amós tinha uma vocação divina que tinha de obedecer, uma palavra de DEUS a falar, uma obra de DEUS a executar. Foi isto que manteve o homem de DEUS firme no momento da provação: Estava ali por decreto divino.
   Com que frequência servos de DEUS são derrubados com o aparecimento de dificuldades e oposição. Ficam tristes quando deveriam se regozijar por terem a honra de sofrer por CRISTO. As Escrituras são suficientemente explícitas para que não estranhemos o fogo ardente que surge em nosso meio destinado a nos provar, por isso permaneçamos firmes em nossa FÉ.
          
      3 – FIDELIDADE À PALAVRA DE DEUS

   O terceiro aspecto importante neste retrato de Amós é que ele permaneceu fiel à palavra de DEUS. Amazias dissera: “Em Betel, daqui por diante, já não profetizarás”, e Amós responde: “Ora, pois, ouve a palavra de SENHOR” (Amós 7.16-17). Ele torna o assunto ainda mais enfático, repetindo as palavras de Amazias: “Tu dizes: Não profetizarás contra Israel... Portanto, assim diz o SENHOR...”. Amós foi fiel às suas palavras anteriores: “falou o SENHOR DEUS, quem não profetizará? Amós 3.8”. A ira do homem não pode impedir os propósitos eternos de DEUS.
   As profecias de Amós não foram bem aceitas, pois eram palavras duras de julgamento, mas ele expressavam a verdade, revelavam a imundície por detrás de toda  a prosperidade vivida naqueles dias em Israel: Corrupção, abuso de poder, abandono dos pobres, paganismo, afastamento de DEUS, ETC. Sua mensagem, como podemos ver, continua tendo grande relevância para os nossos dias.
   “Prepara-te, ó Israel, para te encontrares com o teu DEUS. Amós 4.12”. Amós estava certo de que o julgamento divino viria sobre todos, e para cada um deles. Assim, toda a nação deveria estar pronta para esse momento. Da mesma forma, não podemos desprezar o mesmo alerta bíblico ecoado em Paulo: “... importa que todos nós compareçamos perante o tribunal de CRISTO, para que cada um receba segundo o bem ou o mal que tiver feito por meio do corpo. 2 Coríntios 5.10”.
   Não importa se o Amazias deste mundo dizem: “NÃO PROFETIZARÁS”, ou, nas palavras de hoje: “NÃO PREGUES A PALAVRA”. A resposta tem de ser sempre a mesma: “ASSIM DIZ O SENHOR”. O homem de DEUS sujeita-se fielmente à sua palavra, não obstante o grande desconforto e incômodo que essa mensagem possa trazer aos seus ouvintes, levando-os, até mesmo, a perseguir o mensageiro.
   Assim, os pastores devem pregar aquilo que suas ovelhas precisam ouvir, e não o que desejam ouvir “Curam superficialmente a ferida do meu povo, dizendo: Paz; quando não há paz. Jeremias 6.14”. A igreja de CRISTO deve proporcionar a mensagem pura do evangelho, sem atenuar suas cores vibrantes, ou suavizar aquilo que fere os ouvidos de nossa sociedade pós-moderna. Pecado é pecado e deve ser tratado como tal.
   Vivemos em um mundo que já não suporta a sã doutrina, mas busca insaciavelmente novidades. Há coceiras nos ouvidos. Muitos dos cultos realizados nas Igrejas hoje são apenas figuras descaracterizadas da verdadeira adoração. A pregação da palavra deixou de ser o centro desse culto; o ensino bíblico perdeu lugar as experiências carismáticas ou para festivais musicais; em lugar de DEUS, O HOMEM TORNOU-SE O FOCO PRINCIPAL DESSE TIPO DE CULTO.
   Precisamos voltar às SAGRADAS ESCRITURAS, como fez a reforma do século 16. Onde a lei de DEUS é esquecida, a criatividade humana toma lugar, criando sua própria religião.

          CONCLUSÃO

   Abuso de poder no âmbito social e as concessões ao pagamento no âmbito religioso eram os dois pecados dominantes que Amós denunciava. Chamado para ser o porta-voz de DEUS, negou-se a se calar diante das ameaças que sofreu. Foi obediente ao chamado divino, mesmo tendo uma tarefa incômoda. Foi fiel ao conteúdo de sua mensagem, apresentando-o todo.

          APLICAÇÃO

   Você está contente em participar de cerimônias religiosas ou valoriza a obediência à palavra, combatendo o mundanismo e a injustiça? Reconhece o chamado de DEUS para ser porta-voz no local em que ele o colocou? Ou deixa essas preocupações com os “PROFISSIONAIS?” 

DIÁCONO: LUIZ MARIANO SIQUEIRA
LIÇÃO Nº 07 REVISTA NOSSA FÉ
NUVEM DE TESTEMUNHO
SALGUEIRO-PERNAMBUCO 05/02/2016