JESUS CRISTO.
EZEQUIAS E A VITÓRIA DA FÉ
INTRODUÇÃO
EZEQUIAS E A VITÓRIA DA FÉ
"Depois destas coisas e desta fidelidade, veio Senaqueribe, rei da Assíria, entrou em Judá, acampou-se contra as cidades fortificadas e intentou apoderar-se delas. vendo, pois, Ezequias que Senaqueribe vinha e que estava e que estava resolvido a pelejar contra Jerusalém, resolveu, de acordo com seus príncipes e os seus homens valentes, tapar as fontes das águas que havia fora da cidade; e eles o ajudaram. Assim, muito povo se ajuntou, e taparam todas as fontes, como também o ribeiro que corria pelo meio da terra, pois diziam: Por que viriam os reis da Assíria e achariam tantas águas? Ele cobrou ânimo, restaurou todo o muro quebrado e sobre ele ergueu torres; levantou também o outro muro por fora, fortificou a Milo na Cidade de Davi e fez armas e escudos em abundância. Pôs oficiais de guerra sobre o povo, reuniu-os na praça na porta da cidade e lhes falou ao coração, dizendo: Sedes fortes e corajosos, não temais, nem vos assusteis por causa do rei da Assíria, nem por causa de toda a multidão que está com ele; porque um há conosco maior do que está com ele. Com ele está o braço de carne, mas conosco, o SENHOR, nosso DEUS, para nos ajudar e para guerrear nossas guerras. O povo cobrou ânimo com as palavras de Ezequiel, rei de Judá. Depois disto, enquanto Senaqueribe, rei da Assíria, com todo seu exército sitiava Laquis, enviou os seus servos a Ezequias, rei de Judá, que estava em Jerusalém, dizendo: Diante de apenas um altar vos prostrareis e sobre ele queimareis incenso? Não sabeis vós o que eu e meus pais fizemos a todos os povos da terras? Acaso, puderam, de qualquer maneira, os deuses das nações daquelas terras livrar o seu país das minhas mãos? Qual é, de todos os deuses daquelas nações que meus pais destruíram, que pôde livrar o seu povo das minhas mãos, para que vosso DEUS vos possa livrar das minhas mãos? Agora, pois, não vos engane Ezequias, nem vos incitem assim, nem lhe deis crédito; porque nenhum deus de nação alguma, nem de reino algum pôde livrar o seu povo das minhas mãos, nem das mãos de meus pais; quanto menos vos poderá livrar o vosso DEUS das minhas mãos? Os seus servos falaram ainda mais contra o SENHOR DEUS e contra Ezequias, seu servo. Senaqueribe escreveu também cartas, para blasfemar do SENHOR, DEUS de Israel, e para para falar contra ele, dizendo: Assim como os deuses das nações de outras terras não livraram o seu povo das minhas mãos, assim também o DEUS de Ezequias não livrará o seu povo das minhas mãos. Clamaram os servos em alta voz em judaico contra o povo de Jerusalém, que estava sobre o muro, para os atemorizar e os perturbar, para tomarem a cidade. Falaram do DEUS de Jerusalém, como os deuses dos povos da terra, obras das mãos dos homens. Porém o rei Ezequias e Isaías, o profeta, filho de Amoz, oraram por causa disso e clamaram ao céu. Então, o SENHOR enviou um anjo que destruiu todos os homens valentes, os chefes e os príncipes no arraial do rei da Assíria; e este, com o rosto coberto de vergonha, voltou para sua terra. Tendo ele entrado na casa de seu deus, os seus próprios filhos na casa de seu deus, os seus próprios filhos ali o mataram, a espada. Assim, livrou o SENHOR a Ezequias e os moradores de Jerusalém das mãos de Senaqueribe, rei da Assíria, e das mãos de todos os inimigos; e lhes deu paz por todos os lados. Muitos traziam presentes a Jerusalém ao SENHOR e coisas preciosíssimas a Ezequias, rei de Judá, de modo que, depois disto, foi enaltecido à vista de todas as nações. 2 Crônicas 32.1-23".
INTRODUÇÃO
Ezequias foi um rei piedoso, como todos os
relatos bíblicos demonstram (2 Reis 18-20; 2 Crônicas 29-33; Isaías 33-39). De
acordo com o autor dos livros dos Reis, não houve outro como ele, nem antes,
nem depois, porque Ezequias confiava no SENHOR “Confiou no SENHOR, DEUS de
Israel, de maneira que depois dele não houve seu semelhante entre todos os reis
de Judá, nem entre os que foram antes dele. 2 Reis 18.5”. Um testemunho da
fidelidade dele também é dado em Jeremias “Miquéas, o morastita, profetizou nos
dias de Ezequias, rei de Judá, dizendo: Sião será lavrada como o campo, Jerusalém
se tornará em montão de ruínas, e o monte do templo, numa colina coberta de
mato. Mataram-no, acaso, Ezequias, rei de Judá? Antes, não temeu este ao
SENHOR, não implorou a favor do SENHOR? E o SENHOR não se arrependeu do mal que
falara contra eles? E traríamos nós tão grande mal sobre a nossa alma? Jeremias
26.18-19”. Miquéas, contemporâneo de Isaías, profetizara que Jerusalém seria
destruída “Portanto, por causa de vós, Sião será lavrada como um campo, e
Jerusalém se tornará em montões de ruínas, e o monte do templo, numa colina
coberta de mato. Miquéas 3.12”. A resposta desse rei a tal foi humilhar-se.
Buscou ao SENHOR e a calamidade não aconteceu. Cem anos mais tarde os anciãos,
no tempo de Jeremias, estavam familiarizados com a história do livramento de
DEUS e da fidelidade de Ezequias. Conheçamos, assim, sua história repleta de
grandes desafios.
1 – AS REFORMAS DE
EZEQUIAS
Ezequias foi
responsável por uma grande faxina espiritual na vida do povo de Judá, e pelo
restabelecimento do culto autêntico ao SENHOR. O segundo livro das Crônicas
(29.1 – 31.21) apresenta um relato detalhado de suas reformas, que começaram
imediatamente após a coroação “No primeiro ano do seu reinado, no primeiro mês,
abriu as portas da Casa do SENHOR e as reparou. 2 Crônicas 29.3”.
A reforma teve como objetivo principal
centralizar a adoração ao SENHOR novamente em Jerusalém. Como parte desse
programa, o jovem rei ordenou que o templo fosse reaberto e purificado. A
Idolatria foi removida da área do santuário, inclusive a imagem de Neustã, a
serpente de bronze que Moisés erigira no deserto, pois essa estátua havia se
tornado objeto de culto, o que demonstra quão facilmente substituímos a
verdadeira adoração pela falsa.
Os sacerdotes e levitas voltaram a servir de
acordo com os preceitos bíblicos. A música foi incorporada no culto, segundo o
costume introduzido nos templos do rei Davi. Ezequias até mesmo incentivou os
habitantes do reino do Norte a participar da adoração em Jerusalém, pois nessa
época eles não mais possuíam seu centro político. Samaria fora destruída pelos
Assírios (722 a.C.) e os israelitas sobreviventes coexistiram com outros povos.
Ezequias enviou mensageiros que percorreram toda a região de Judá e Israel, a
fim de convidar o povo a adorar ao SENHOR. Alguns dos remanescentes no reino do
Norte escarneceram dos mensageiros, mas outros se humilharam e foram participar
da páscoa. A maioria do povo de Judá atendeu “Também em Judá se fez sentir a mão
de DEUS, dando-lhes um só coração, para cumprirem o mandado do rei e dos
príncipes, segunda a PALAVRA DO SENHOR. 2 Crônicas 30.12”.
Uma grande multidão reuniu-se em Jerusalém
para celebrar. A Festa dos Pães Asmos, que ocorre logo depois da páscoa, durou
sete dias e foi acompanhada de “GRANDE ALEGRIA”. Tiveram tempo tão maravilhoso
em adoração e louvor ao SENHOR, que resolvem estender a festa por mais uma
semana. Nada similar a este acontecimento sucedera desde os dias do rei Salomão
“Houve grande alegria em Jerusalém; porque desde o dia de Salomão, filho de
Davi, rei de Israel, não houve cousa semelhante em Jerusalém. 2 Crônicas
30.26”.
O povo estava muito contente, devido à
experiência maravilhosa que teve durante a festa. Essa alegria espalhou-se por
outras áreas. Essa alegria espalhou-se por outras áreas da vida. Um dos
resultados foi a destruição de todos os locais ilegítimos usados para adoração
em Judá e Israel. Outro resultado foi a restauração dos dízimos e das ofertas
generosas trazidas pelo povo para manter em funcionamento.
O cronista fecha essa seção enfatizando que
Ezequias fez o que era bom, reto e verdadeiro “Assim fez Ezequias em todo o
Judá; fez o que era bom, reto e verdadeiro perante o SENHOR, seu DEUS. Em toda
a obra que começou no serviço da Casa de DEUS, na lei e nos mandamentos, para
buscar a seu DEUS, de todo o coração o fez e prosperou. 2 Crônicas 31.20-21”.
Viu a necessidade de restaurar o verdadeiro culto ao SENHOR e não perdeu tempo
para iniciar o projeto. Seu primeiro mandato já trouxe resultados que foram
sentidos por toda a terra.
2 – ENFRENTANDO O
PODEROSO INIMIGO
A situação de política externa de Judá
permanece tensa. Acaz, seu pai, fizera uma aliança com os assírios e por essa
razão Ezequias era considerado vassalo deles. Ele conseguiu desenvolver
reformas internas, sem incorrer na ira de Sagão II. Todavia, com sua morte em
batalha (705 a.c.), Senaqueribe o sucedeu no trono e teve que lidar com as
insurreições da Babilônia até o Egito e finalmente em 701 a.C., voltou-se para
Judá, para subjugá-la.
Nos
preparativos para enfrentar o exército assírio, Ezequias tapou as fontes
externas de água para dificultar a permanência do inimigo, reconstruiu os muros
da cidade, ergueu torres e fabricou um grande número de armas e escudos. Também
construiu um grande túnel, que ligava o ribeiro de Giom ao poço de Siloé, para
garantir a capacidade de Jerusalém resistir ao inimigo por um tempo maior, pois
haveria água disponível, mesmo que a cidade fosse sitiada.
Ezequias era um rei piedoso e bom político.
Por um lado, tinha grande confiança no poder do SENHOR para livrá-lo “Com ele
(Senaqueribe) está o braço da carne, mas conosco o SENHOR, nosso DEUS para nos
ajudar, e para guerrear as nossas guerras. 2 Crônicas 32.8”. Por outro lado,
conhecia a crueldade dos assírios; quando se aproximaram, tentou pacificá-los
com o pagamento do tributo. Provavelmente arrependeu-se por sua rebelião
anterior contra eles.
O rei assírio, entretanto, enviou Rabsaqué
com uma carta e um grande exército a Jerusalém, para exigir a rendição da
cidade. Esse comandante assírio tentou desmoralizar os oficiais e os cidadãos
judeus, dizendo-lhes em hebraico que ninguém seria capaz de salvá-los das mãos
de Senaqueribe.
Ezequias foi ao templo orar e colocou a
carta diante do SENHOR. Em sua oração, reconheceu que somente o Todo-poderoso é
DEUS sobre os reinos da terra. Encerrou sua oração implorando que o SENHOR os
livrasse de Senaqueribe e, dessa forma, mostrasse que era o único DEUS
verdadeiro.
DEUS enviou sua resposta. A arrogância de Senaqueribe chegara ao
conhecimento do SENHOR e, por essa razão, DEUS colocaria anzóis em seu nariz e
freio em sua boca “Você
não percebe que há
muito tempo eu já havia determinado tudo isso. Desde a antiguidade planejei o que agora faço acontecer,
que você deixaria cidades fortificadas em ruínas. Seus habitantes, sem forças, desanimam-se envergonhados. São
como pastagens, como brotos tenros e verdes, como ervas no telhado, queimadas
antes de crescer. Eu,
porém, sei onde você está, sei quando você sai e quando retorna; e como vocês e
enfurece contra mim. Sim,
contra mim você se enfureceu e o seu atrevimento chegou aos meus ouvidos. Por
isso porei o meu anzol em seu nariz e o meu freio em sua boca, e o farei voltar pelo caminho por onde veio. 2 Reis 19-25-28”.
Senaqueribe espalhou sua destruição por toda a região e tornou-se arrogante, ao
pensar que construía um império pelo seu próprio poder. Não perceberá que
servia a um propósito divino.
Naquela mesma noite, o Anjo do SENHOR feriu
185 mil soldados assírios; o rei levantou acampamento e, coberto de vergonha
voltou para Nínive, onde acabou morto pelos seus filhos, quando se encontrava
no templo de seu deus Nisroque.
Aparentemente, a salvação
de Jerusalém resultou em um
reconhecimento em grande escala de que só o SENHOR era DEUS. Muitas
pessoas levaram ofertas ao templo “Muitos trouxeram a Jerusalém ofertas para o
Senhor e presentes valiosos para Ezequias, rei de Judá. Daquela ocasião em
diante ele foi muito respeitado por todas as nações. 2 Crônicas 32.23”. Ezequias
também foi exaltado depois desse incidente. Certamente era um milagre ter o
exército assírio ao redor da vida, Pronto para atacar, e de repente vê-los em
retirada. O SENHOR operou uma obra maravilhosa e fez com que as nações ao redor
refletissem sobre aquele acontecimento.
3 – LIÇÕES DO LIVRAMENTO DE EZEQUIAS
O
cerco de Jerusalém pode representar as
grandes dificuldades que nos advêm, e que não nos sentimos preparados para
combater. Podem ser dificuldades nos relacionamentos, ou as pressões do diabo
em outras áreas.
Se desejamos vencer as batalhas que se levantam
contra nós, temos que aprender com Ezequias a lidar com elas. Em primeiro
lugar, aprendemos a tapar as fontes que saciam a sede do inimigo, Ou seja, tudo
aquilo que dá força ao inimigo. É preciso que reflitamos sobre como nós mesmos
temos alimentado e fortalecido o nosso problema. Ore e procure ajuda de um
conselheiro para localizar essas fontes e jogue areia nelas.
A segunda lição é a necessidade de
restaurarmos os muros de nossa vida espiritual, ou seja, temos que concertar as
deficiência na nossa comunhão com DEUS, erguer as defesas da FÉ, fortalecer-nos
com a palavra, e clamarmos pela misericórdia divina.
A terceira lição está no enfrentamento da
dúvida, pois a maior estratégia inimiga é nos fazer cair da FÉ através da
desconfiança e da intimidação. Foi assim que agiu Rabsaqué, tentando minar a
confiança do povo. É preciso então, lutar contra as dúvidas quanto ao poder de
DEUS, seu propósito e seu amor para conosco. É preciso dizer como o Salmista: “Firme
está o meu coração, ó DEUS Salmos 57.7”. A melhor arma contra a dúvida é a FÉ
alimentada pela oração. Dias de provação devem ser dias de oração.
No mesmo ano do livramento, 701 a.C.,
Ezequias foi acometido por sua doença mortal, com a idade de 39 anos. O rei
orou para que o SENHOR o curasse, e DEUS lhe deu mais quinze anos de vida.
Contudo, após seu tempo de vida ser ampliado, ele não foi grato, mas seu
coração se exaltou. Por causa disso, o SENHOR declarou que sua ira viria sobre
o rei e sobre todo povo judeu. Ezequias e os moradores de Jerusalém humilharam-se
e evitaram a ira de DEUS naquela geração “Ezequias, porém, se humilhou por se
ter exaltado o seu coração, ele e os habitantes de Jerusalém; e a ira do SENHOR
não veio contra eles nos dias de Ezequias. 2 Crônicas 32.26”.
Aprendemos com isto que a soberba é um
agente secreto mandado pelo inimigo quando a batalha já está quase vencida.
Quando estamos livres do inimigo e nos sentimos em paz, este agente ataca-nos
enaltecendo pelas nossas vitórias. Por isso, “CUIDADO!” É preciso humildade e o
reconhecimento da graça de DEUS. “Tomou, então, Samuel uma pedra, e a pôs entre
Mispa e Sem, e lhe chamou Ebenézer, e disse: Até aqui nos ajudou o SENHOR. 1 Samuel
7.12”; “E vós já tendes visto tudo quanto fez o SENHOR, vosso DEUS, a todas
estas gerações por causa de vós, porque o SENHOR, vosso DEUS, é o que pelejou
por vós. Josué 23.3”.
CONCLUSÃO
Por intermédio do rei Ezequias, aprendemos
que a primeira preocupação que devemos ter é a de buscarmos prestar uma correta
adoração a DEUS, e que isto muitas vezes requer verdadeira reforma em nossa
vida. Aprendemos também que, por mais forte que sejam os nossos opressores,
pela força do SENHOR, podemos alcançar vitória tapando as fontes, erguendo
muros e enfrentando a dúvida lançada pelo inimigo.
APLICAÇÃO
Como você pode melhorar na área da adoração?
De que modo você pode enfraquecer a ação do inimigo em sua vida? Para quais
batalhas específicas você precisa pedir ajuda do SENHOR?
DIÁCONO: LUIS MARIANO SIQUEIRA
LIÇÃO Nº 8 REVISTA NOSSA FÉ
NUVEM DE TESTEMUNHO
SALGUEIRO-PERNAMBUCO 19/02/16
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