JESUS CRISTO VOLTARÁ.

POR MAIS LONGA E ESCURA E TENEBROSA A NOITE, NÃO TE DESESPERE O SOL VOLTARÁ A BRILHAR. POR MAIS DIFÍCIL A BATALHA NÃO TE DESESPERE JESUS CRISTO QUER TE DAR A VITÓRIA, SE ATENTAMENTE OUVIRES A VOZ DO SENHOR TEU DEUS E OBEDECER, O SENHOR TEU DEUS TE EXALTARÁ SOBRE TODAS AS NAÇÕES, ESTÁ DIFÍCIL VENCER A BATALHA, NÃO TEMAS SEJA OBEDIENTE A DEUS E A VITÓRIA É SUA. MAIS, NÃO ESQUEÇA JESUS CRISTO ESTÁ VOLTANDO ESTÁ PRONTO PARA SUA VOLTA. OS SINAIS ESTÃO SE CUMPRINDO, NÃO SEJA PEGO NU, PORQUE NÃO SERÁS ARREBATADO. A QUEM ESTÁ SEGUINDO, O MUNDO OU A JESUS CRISTO.

quarta-feira, 19 de junho de 2013

A PERSONALIDADE DE JUDAS E SEUS CONFLITOS QUERENDO MUDAR O MUNDO EXTERIOR.

JESUS CRISTO.


A PERSONALIDADE DE JUDAS E SEUS CONFLITOS QUERENDO MUDAR O MUNDO EXTERIOR.

   "Então, um dos doze, chamado Judas Iscariotes, indo ter com os principais sacerdotes, propôs: Que me quereis dar, e eu vo-lo entregarei? E pagaram-lhe trinta moedas de prata. E, desse momento em diante, buscava ele uma boa ocasião para o entregar. Mateus 26.14-16".

   Judas tinha todas as condições para se transformar numa boa terra, num dos grandes líderes que mudariam a história da humanidade. Como vimos, os solos que JESUS CRISTO descreveu na parábola do semeador podem representar quatro estágios do desenvolvimento da personalidade de uma mesma pessoa.
   Todos os discípulos, á exceção de Judas, começaram no primeiro estágio. Eram um solo a beira do caminho, possuíam uma personalidade impermeável, inflexível, difícil de ser trabalhada. Judas, pelas características de sua personalidade, começou no segundo estágio. Seu coração emocional tinha pedras, mas acolheu rapidamente as sementes plantadas por JESUS, e logo elas brotaram. As raízes eram pequenas e frágeis.
   Pouco a pouco JESUS começou a sofrer forte oposição. Judas ficou assustado com o ódio dos fariseus. Algumas vezes, seus opositores expulsaram o Mestre das sinagogas; em outras, chamaram-no de louco, e, em outras ainda, pegaram em pedras para esmagá-lo. Judas ficava amedrontado. O calor do sol começou a queimar as raízes frágeis. Mas o treinamento que JESUS realizava sulcava a terra e permitia que as sementes invadissem áreas mais profundas.
   Foi um belo começo. Judas era uma pessoa alegre e realizada. Admirava JESUS. Seus discursos o inspiravam. Seu poder o fascinava. Para ele, o carpinteiro de Nazaré era o grande Messias aguardado durante séculos por Israel. Seus milagres, sua oratória e sua inteligência confirmava isso.
   Judas venceu o teste do calor do sol. Superou as angústias, as perseguições, as críticas, a fama de louco. Cresceu até passar para o terceiro estágio, o solo espinhoso.
   Seu coração parecia um jardim cujas plantas escondiam os rebentos que floresciam na mais bela primavera. Mas, sem que ele percebesse, cresciam paralela e sutilmente os espinhos, representados pelas ambições, pela fascinação pelas riquezas, pelas preocupações com a vida.
   No início, Judas não tirava os olhos do Mestre. Ao seu lado, o mundo, embora perigoso, se tornava um oásis. Mas, paulatinamente, foi voltando os olhos para dentro de si mesmo. Pensamentos negativos, dúvidas, questionamentos começaram a transitar pelo palco de sua mente. Infelizmente, ele os represou, nunca os expôs para JESUS. Se você quiser evitar grandes problemas no relacionamento com as pessoas que ama, fale com elas, trate as pequenas coisas que o perturbam hoje. Pequenos espinhos podem causar grandes infecções.
   À medida que dúvidas pairavam na mente de Judas, a ansiedade cultivava ervas daninhas na sua alma. Os treinamentos de JESUS já não reeditavam, como nos demais discípulos, arquivos secretos e doentios do seu ser. Judas continuava discreto, mas seus interesses não estavam em sintonia com os do homem que ele seguia e admirava.
   Judas tinha dois grupos de conflitos. O primeiro foi construído ao longo do processo de sua personalidade. Alguns desses conflitos eram controláveis; outros, controladores. Uns eclodem na infância; outros, na adolescência, e outros, na fase adulta. O problema não é termos características doentias em nossa personalidade, mas a forma como as administramos.
   Judas era uma pessoa autossuficiente e não transparente. Estas características não o controlavam nos primeiros dois anos em que acompanhou JESUS CRISTO. Messe período, embora não entendesse alguma reações do Mestre, Judas tinha a convicção de que JESUS era o Messias.
   Controlar nossas caraterísticas doentias e não deixar que elas se manifestem não significa superá-las definitivamente. Para superá-las é necessário reescrevê-las nas matrizes da memória. Mais cedo ou mais tarde elas podem ser sutilmente nutridas e surgir numa fase adulta. A perda de um emprego pode fazer eclodir uma grande insegurança que estava represada. Um ataque de pânico pode trazer á tona uma preocupação excessiva com doença que estava razoavelmente controlada.
   Foi o que aconteceu com Judas. Ele parecia o mais equilibrado dos discípulos, mas apenas mantinha sob controle suas características doentias. As dos demais discípulos eram mais visíveis e causaram mais tumulto. Portanto, era mais fácil tratá-lo.
   Não é tão fácil tratar as pessoas tímidas. Embora pareçam mais éticas e solícitas do que a média das pessoas, elas ocultam conflitos. Falam pouco, mas pensam muito. Como não se expõem, é difícil ajudá-las. Para elas a melhor maneira de administrar os conflitos é escondendo-os. Não tenha medo nem vergonha dos seus conflitos. Desista de ser perfeito. O Mestre da Vida nunca exigiu que seus discípulos não falhassem; exigiu, sim, que perdoassem, que tivessem compaixão e amor uns pelos outros.
   Judas tinha, provavelmente, menos conflitos do que os demais discípulos, mas era uma pessoa que se escondia atrás de sua aparência ética. Seus parceiros não o conheciam, nem ele mesmo conhecia suas mazelas psíquicas. 
   O segundo grupo de conflitos de Judas advinha da sua relação com JESUS. Judas ficava perturbado com os paradoxos do Mestre. JESUS contrariava qualquer raciocínio lógico e linear, mesmo dos dias atuais.
   O Mestre dos Mestre era capaz de uma oratória sem precedentes, mas, logo depois de deixar as multidões extasiadas com suas ideias, procurava o anonimato. Seu poder de atuar no mundo físico e curar doenças era capaz de deixar atônitas a física e a medicina moderna, mas jamais o usava para que o mundo se dobrasse aos seus pés. Ele se dizia mortal, mas anunciava que morreria, como o mais vil dos mortais, pendurado numa trava de madeira. Inquietou os líderes de Israel com sua inteligência, mas não procurava convencê-los a aderir á sua causa.
   Dificilmente alguém tão grande despreza os aplausos humanos e o poder político como ele desprezou. Os olhos tristes de um leproso eram mais importantes para ele do que o mundo aos seus pés. A compaixão por uma prostituta arrebatava-lhe o coração mais do que uma reunião de cúpula querendo aclama-lo rei. Quem poderia entender um comportamento desses? Até hoje milhões de judeus admiram JESUS, mas não o compreendem e não o consideram o Messias.
   Na atualidade, grande parte da humanidade diz seguir seus ensinamentos, mas a maioria não conhece essas características de sua personalidade. Sob qualquer aspecto - teológico, psicológico, psiquiátrico, sociológico ou filosófico -, é difícil compreendê-lo, mas em todos eles JESUS foi o Mestre dos Mestres.
   O que me encanta como pesquisador da psicologia e da filosofia não são os milagres fantásticos que ele fez, mas sua capacidade de não perder as raízes. JESUS nadou contra a correnteza da intelectualidade. A fama não o seduziu. Ao contrário da grande maioria das pessoas que dão um salto na fama, ele sempre deu uma atenção especial a cada ser humano. Nos últimos dias antes de sua morte ele era famosíssimo. Tinha milhões de coisas com que se preocupar. Mas abandonou tudo por causa de um simples amigo, Lázaro. "Estava enfermo Lázaro, de Betânia, da aldeia de Maria e da irmã Marta. João 11.1".
   JESUS era incompreensível para Judas. Nos primeiros tempos o Mestre foi fonte de alegria para ele, depois se tornou uma fonte de conflitos. Uma pedra no caminho de suas ambições.
   Judas queria que JESUS eliminasse todos os sofrimentos de Israel, mas JESUS afirmava que não há noite sem tempestades, jornadas sem obstáculos, risos sem lágrimas. Para Judas, o problema da sua nação era o cárcere do Império Romano. Para JESUS, o problema era muito mais grave, era o cárcere da emoção, o cárcere das zonas de conflito que se encontravam nas matrizes da memória. O problema estava na essência do ser humano.
   JESUS dizia, de múltiplas formas, que o ser humano só seria livre se fosse livre dentro de si mesmo, se seu espírito fosse transformado, se a fonte dos seus pensamentos fosse renovada, reescrita.
   A decepção com JESUS criou um clima favorável para o cultivo dos espinhos. O entusiasmo, a alegria e os sonhos iniciais de Judas se converteram em preocupações e ansiedades. Uma competição estabeleceu-se no seu interior.
   A compreensão sociopolítica do Mestre dos Mestre era invejável. Marx teria muito a aprender com ele. JESUS sabia que somente uma mudança de dentro para fora pode ser revolucionária. Somente a mudança nos solos conscientes e inconscientes pode gerar o mais belo florescimento da ética, da solidariedade, do respeito pelos direitos humanos e, principalmente, de um amor mútuo.
   Tenho, durante anos, me perguntado por que um discípulo íntimo de JESUS o traiu? JESUS era seguro e honesto; ninguém exalou tanta doçura, gentileza e serenidade. Mesmo nas pouquíssimas vezes em que se irou, não agrediu as pessoas, mas o sistema hipócrita em que viviam.
   Como Judas pode traí-lo? Na realidade, Judas foi controlado por seus conflitos. Antes de trair JESUS externamente, traiu a imagem de JESUS que construíra dentro de si. Essa imagem não batia com a imagem do Salvador de Israel que ele inicialmente tinha.
   Milhares de pensamentos dominavam o palco da mente desse jovem discípulo. Ele entregava sua vida por alguém que agora não compreendia. Creio que Judas jamais deixou de admirar JESUS, mas nunca chegou a amá-lo.
   As lições da escola viva de JESUS ajudaram a desenvolver a personalidade de Judas, mas não podiam fazê-lo amar. Amar é o exercício mais nobre do livre-arbítrio. Ninguém controla plenamente a energia do amor, mas pode direcioná-la ou obstruí-la. Judas precisava decidir amar JESUS. Geralmente a obstrução do amor resulta de frustrações e desencontros. Se Judas abrisse seu ser para JESUS, expusesse seus conflitos, falasse das suas decepções, seria apaixonado pelo Mestre da Vida. O verdadeiro amor faz com que uma pessoa nunca desista da outra, por mais que ela a decepcione.
   Muitos casais se separam porque não se admirem, mas porque não conseguem falar das próprias frustrações um para o outro. Só percebem que o casamento está falido quando um dos cônjuges pede o divórcio. A partir de hoje, seja transparente com quem você ama, inclusive com seus filhos e amigos. A falta do diálogo faz com que as pequenas pedras se transformem em montanhas. 
   JESUS também frustrara os demais discípulos por não atender ás suas ambições, mas ele os amavam. Não abriam mão deles, por mais que enfrentassem problemas, por mais incompreensível que fosse sua atitude de amar os inimigos e dar valor inestimável aos que viviam á margem da sociedade.
   Judas traiu o Filho do Homem, e não o FILHO de DEUS.  Judas não acreditava que JESUS era o Messias. Um crucificado que dizia que morreria pela humanidade não correspondia ás suas expectativas. Ele procurava um herói. Até hoje muitos procuram um JESUS herói. É difícil entender alguém que despreza o poder e ama as coisas simples e aparentemente desprezíveis.
   
EXTRAÍDO DO LIVRO
O MESTRE INESQUECÍVEL
AUGUSTO CURY.

DIÁCONO: LUIS MARIANO SIQUEIRA.
CARPINA - PERNAMBUCO 19/06/2013

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