JESUS CRISTO VOLTARÁ.

POR MAIS LONGA E ESCURA E TENEBROSA A NOITE, NÃO TE DESESPERE O SOL VOLTARÁ A BRILHAR. POR MAIS DIFÍCIL A BATALHA NÃO TE DESESPERE JESUS CRISTO QUER TE DAR A VITÓRIA, SE ATENTAMENTE OUVIRES A VOZ DO SENHOR TEU DEUS E OBEDECER, O SENHOR TEU DEUS TE EXALTARÁ SOBRE TODAS AS NAÇÕES, ESTÁ DIFÍCIL VENCER A BATALHA, NÃO TEMAS SEJA OBEDIENTE A DEUS E A VITÓRIA É SUA. MAIS, NÃO ESQUEÇA JESUS CRISTO ESTÁ VOLTANDO ESTÁ PRONTO PARA SUA VOLTA. OS SINAIS ESTÃO SE CUMPRINDO, NÃO SEJA PEGO NU, PORQUE NÃO SERÁS ARREBATADO. A QUEM ESTÁ SEGUINDO, O MUNDO OU A JESUS CRISTO.

domingo, 30 de junho de 2013

JUDAS TRAIU A JESUS, E JESUS MORRENDO POR TODOS OS TRAIDORES.

JESUS CRISTO.


JUDAS TRAIU A JESUS, E JESUS MORRENDO POR TODOS OS TRAIDORES.

   "Ao romper o dia, todos os principais sacerdotes e os anciãos do povo entraram em conselho contra JESUS, para o matarem; e, amarrando-o, levaram-no e o entregaram ao governador Pilatos. Então, Judas, o que traiu, vendo que JESUS fora condenado, tocado de remorso, devolveu as trinta moedas de prata aos principais sacerdotes e aos anciãos, dizendo: Pequei, traindo sangue inocente. Eles, porém, responderam Que nos importa? Isso é contigo. Então, Judas, atirando para o santuário as moedas de prata, retirou-se e foi enforcar-se. E os principais sacerdotes, tomando as moedas, disseram: Não é lícito deitá-las no cofre das ofertas, porque é preço de sangue. E, tendo deliberado, compraram com elas o campo do oleiro, para cemitério de forasteiros. Por isso, aquele campo tem sido chamado até hoje, campo de sangue. Então, se cumpriu o que foi dito por intermédio do profeta Jeremias: Tomaram as trinta moedas de prata, preço em que foi estimado aquele a quem alguns dos filhos de Israel avaliaram; e as deram pelo campo de oleiro, assim como me ordenou o SENHOR. Mateus 27.1-10".

   Pouco antes de Judas traí-lo aconteceu um fato marcante. A notoriedade de JESUS estava incontrolável. Mas, em vez de fazer reuniões políticas ou erguer um grande palco para novos e vibrantes discursos, JESUS se encontrava na casa de um homem famoso por suas chagas: Simão, o leproso. Provavelmente, somente os cães entravam na casa e eram seus amigos. Simão estava radiante porque encontrara em JESUS um outro amigo. O homem mais famoso de Israel o privilegiava com sua amizade. 
   Judas já não tolerava mais a humildade de JESUS, mas entrou lá com os demais discípulos e outras pessoas. O ambiente não era recomendado para pessoas ambiciosas. Que ganho alguém teria por assentar-se á mesa com um homem socialmente rejeitado? Foi nessa casa que Judas manifestou, pela primeira vez, o seu coração.
   Havia uma mulher de nome Maria. Maria era irmã de Lázaro. Ela amava JESUS profundamente e percebeu mais do que os outros discípulos que ele estava vivendo seus últimos momentos. Era difícil acreditar que JESUS morreria. Seu coração estava partido. Então, ela pegou o que tinha de mais precioso, um vaso de alabastro contendo um perfume caríssimo, quebrou-o ungiu os pés de JESUS, enxugando-os com seus cabelos.
   Maria desejava que JESUS exalasse o perfume do seu amor. Judas observou a cena e condenou publicamente a sua atitude. Era muito dinheiro para ser desperdiçado. Mostrando ética e aparente espiritualidade, disse que o perfume deveria ter sido vendido e o dinheiro entregue aos pobres. Sua reação era um teatro. Ele já roubava dinheiro das ofertas destinadas ao sustento da pequena comitiva de JESUS.
   As mulheres são mais espontâneas, solícitas, gentis e dóceis que os homens. Elas se doam, se entregam, protegem e se preocupam mais com os outros do que os homens. Por isso, segundo as estatísticas da psiquiatria, elas se expõem mais e adoecem mais que eles. Maria amava intensamente JESUS. Não pensou em si, pensou na dor do Mestre, no seu sacrifício. Cometeu um ato ilógico, um ato que só o amor pode explicar.
   Ela recordou o que JESUS fizera por todos os abatidos. Viu mães  saindo do caos da tristeza para um oásis de alegria. presenciou paralíticos soltando como crianças, leprosos estourando a bolha da solidão. Testemunhou os aprisionados pelo medo voltarem novamente a sorrir. Então, comprou um perfume, resultado da economia de uma vida, e o derramou sobre os pés de JESUS. O perfume falaria mais do que as palavras.
   Ao condenar Maria, Judas pareceu estar preocupado com os pobres, mas pensava apenas somente em si mesmo. Seu discurso trai seu coração. Dias mais tarde entregou JESUS por 30 moedas de prata. O preço da traição foi cerca de duas a três vezes menor do que o perfume de Maria. O preço de um escravo."Então, um dos doze, chamado Judas Iscariotes, indo ter com os principais sacerdotes, propôs: Que me quereis dar, e eu vô-lo entregarei? E pagaram-lhe trinta moedas de prata. E, desse momento em diante, buscava ele uma boa ocasião para o entregar. Mateus 26.14-16".
   O homem que dividiu a história foi traído pelo preço de um escravo. Ele sempre foi um servo. Agora, na sua morte, assumiria o status que sempre quis: Um escravo da humanidade. Por que Judas o traiu na última hora? Porque não planejou sua traição. Ele o traiu na última hora, em meio a grande pertubação, embora há meses já estivesse em conflito.
   O clima em Jerusalém estava tenso. JESUS já não conseguia andar com liberdade sem ser assediado por grande multidões. O sinédrio judaico inquietava-se, e o governo preposto de Roma estava confuso. Judas não tinha tempo para pensar, talvez o traísse por qualquer preço. Por quê? Porque JESUS deixou de ser o homem dos seus sonhos. A sua frustração fechou as janelas da sua inteligência.
   João Batista aguardou por três décadas o homem dos seus sonhos. Mas bastaram pouco mais de três anos para Judas se decepcionar com ele. Judas queria um leão, mas JESUS era um cordeiro. Se você vivesse naquela época e fosse um seguidor de JESUS, estaria decepcionado com ele? Todos os discípulos, de certa forma, ficaram decepcionados. A cruz era inconcebível e incompreensível.
   Quantos não se decepcionam com JESUS CRISTO porque, após segui-lo, seus problemas externos aumentaram? Quantos se afastam de DEUS porque suas orações não são ouvidas no momento que querem e do jeito que desejam? 
   A análise das biografias de JESUS  evidencia que quem procura DEUS em busca de algo concreto pode se frustrar. Quem o procura pelo o que ele é, encontra a paz, pois consegue segurança em meio ao medo, força na fragilidade, conforto nas lágrimas, descanso nas perdas.
   JESUS teve a ousadia de confiar em Judas a bolsa das ofertas. Por quê? Ele desejava que Judas revisse a sua história enquanto cuidava finanças do grupo. O Mestre JESUS não pediu conta dos erros das pessoas. Nunca inquiriu as prostitutas sobre com quem e com quantos homens elas haviam dormidos. Jamais acusou Judas de ladrão.
   JESUS não tinha medo de perder o dinheiro roubado por Judas. Tinha medo de perder o próprio Judas. Sabia que quem é desonesto rouba a si mesmo. Rouba a própria tranquilidade, a serenidade, o amor pela vida. O coração de Judas estava doente, ele não amava JESUS e nem se amava. Os transtornos da personalidade de Judas, tipificados pelos espinhos, eram seu grande teste. 
   O homem mais doente não é o que tem a pior doença, mas o que não reconhece que está doente. O maior erro de Judas não foi a traição, mas sua incapacidade de reconhecer as próprias limitações, de aprender com o Mestre JESUS que os maiores problemas humanos estão na caixa de segredos da personalidade.
   A atitude de JESUS deixa intrigada a psiquiatria e a psicologia. Na última ceia, JESUS  anunciou a sua morte e disse, com o coração partido, que um dos discípulos o trairia. Todos queriam saber o nome do traidor. Mas JESUS deu um pedaço de pão ao seu traidor numa cena dissimulada. Ninguém percebeu o que se passava, apenas Judas. Ele o fitou e disse: "faze depressa o que estás fazendo. João 13.27".
   Ele poderia, como qualquer um, repreender, esbravejar, criticar agressivamente seu traidor, mas deu-lhe um pedaço de pão. Quem na história teve essa extraordinária atitude? Mesmo pessoas éticas expurgam os que se opõem a elas. Mas JESUS deu a outra face a Judas. Amou o seu inimigo.
   JESUS  tinha medo de perder Judas,, e não de ser traído por ele.
   Judas saiu de cena. Sua mente estava bloqueada. Sua emoção tensa e angustiada o impedia de pensar. Os computadores não tem o fantástico mundo da emoção e por isso são livres para abrir seus arquivos. Por ser incomparavelmente mais complexo, o ser humano não tem essa liberdade. A emoção determina o grau de abertura ou fechamento dos arquivos existenciais. A emoção nos liberta ou nos aprisiona. As pessoas mais lúcidas, incluindo intelectuais, reagem como crianças ao calor das tensões.
   Há meses a emoção de Judas obstruíra os principais arquivos de suas memória, comprometendo a construção de cadeia de pensamentos inteligentes. Judas já não era mais livre em sua mente. Os treinamentos de JESUS já não produziam o mesmo impacto. Ele interpretava gestos e palavras do Mestre JESUS com grandes distorções.
   O sinédrio tinha medo de prender JESUS publicamente. O risco de uma revolta popular era grande. Quando Judas apareceu, uma luz se acendeu. Poderiam prendê-lo á surdina, num local isolado. Uma vez preso, seria possível fazer um julgamento precipitado, rápido, sem que as multidões tivessem consciência do que estava acorrendo. Era uma oportunidade única.
   No momento da traição, JESUS provou mais uma vez que estava procurando reconquistar Judas, dando-lhe outra oportunidade de repensar sua atitude. Judas veio na frente da escolta e o beijou. JESUS se deixou beijar. Embora confuso, Judas conhecia a JESUS. bastava um beijo para identificá-lo. Sabia que não seria repreendido. Como comentei em outros textos desta coleção, JESUS teve uma atitude ímpar. Fitou o traidor e o chamou de amigo. "JESUS, porém, lhe disse: Amigo, para que vieste? Nisto, aproximando-se eles, deitaram as mãos em JESUS e o prenderam. Mateus 26.50".
   O Mestre dos Mestres JESUS golpeou o coração de Judas com seu amor. Jamais alguém amou tanto, incluiu tanto, apostou tanto, deu tantas chances as pessoas que mereciam apenas o desprezo. Judas não esperava esse golpe. Saiu de cena perplexo.
   As pessoas que fizeram guerras defendendo o cristianismo, como nas cruzadas, as fizeram em nome de um CRISTO imaginário, irreal. O CRISTO real foi o que amou seu traidor. O CRISTO real foi o que cometeu loucuras de amor por cada ser humano. Foi o que teve coragem de esquecer a sua dor para pensar na dor do outro, mesmo que o outro fosse seu carrasco.
   Se JESUS chamou seu traidor de amigo, quem pode decepcioná-lo? Ninguém! Que erro uma pessoa precisa cometer contra ele para fazê-lo desistir dela? Nenhum. A personalidade do Mestre JESUS vai de tal maneira contra  a nossa lógica que jamais poderia ser uma obra de ficção. JESUS não cabe no imaginário humano.
   Na infância vi pessoas fazendo bonecos de Judas e espancando-os. Aos olhos dessas pessoas, que se diziam cristãs, Judas deveria ser espancado e ferido. Mas, aos olhos de JESUS, Judas deveria ser acolhido e amparado.
     O significado da morte de JESUS é envolto num manto de mistérios e perturba a ciência. Segundo o próprio JESUS, ele estava cumprindo  diante de DEUS todos os códigos jurídicos e éticos em favor de todos os seres humanos. As dívidas com DEUS seriam eliminadas com seu sacrifício  Ele morrer por todos os que falham, erram, negam, traem.
   Todos nós temos um pouco de Judas em nosso currículo. Quem não é traidor? você pode não ter traído alguém, mas dificilmente não traiu a si mesmo. quantas vezes você disse que seria uma pessoa paciente, mas uma pequena ofensa ou contrariedade bloqueou sua inteligência e o levou á ira? Você traiu a sua intenção. quantas vezes, depois de um ato de infidelidade, você prometeu que isso não se repetiria, mas acabou ferindo novamente as pessoas que mais amava? Você traiu sua promessa.
   Quanta vezes você disse que não levaria seus problemas para a cama, mas deixou que ela se tornasse uma praça de guerra? Você traiu seu sono. Quantas vezes você prometeu que sorriria mais, seria mais bem-humorado, leve e livre, mas suas promessas não resistiram ao calor dos problemas? Você traiu sua qualidade de vida. Eu já me trai muitas vezes. É fácil sermos carrascos de nós mesmos.
   Quantas vezes traímos DEUS? Não o vemos, não o tocamos fisicamente e, por isso, é muito fácil traí-lo. Uns trocam DEUS por uma grande soma de dinheiro, outros, por uma quantia menor que a de Judas. Uns viram as costas para Ele quando atingem o sucesso, outros o negam quando fracassam, culpando-o pelo que Ele nunca fez.
   Quantas vezes vendemos as sementes de JESUS, suas caríssimas palavras, por um preço menor do que uma mercadoria da feira? O amor, a tolerância, o perdão, o acolhimento, o afeto, a compreensão, a capacidade de se doar sem esperar retorno, a capacidade de pensar antes de reagir são sementes universais, representamo ápice das espirações humanas. Eles estão no topo das aspirações dos pajés das tribos indígenas  dos líderes das tribos africanas, dos ensinamentos de confucio, dos pensamentos de Buda e das melhores ideias dos filósofos.
   Apesar de JESUS ter sintetizado os desejo fundamentais de todos os povos , de todas as eras, muitas as vezes desprezamos sua história, assim como fez Judas. Não analisamos suas palavras com a profundidade que merecem.
   Todos sabemos que um dia morreremos, que a vida é efêmera. Num instante somos meninos; no outro, idosos. Mas vivemos como  se fôssemos imortais. Adiamos a busca da sabedoria. Não perguntamos: "DEUS, quem é você?" Tomamos o melhor antibiótico quando estamos doentes, procuramos o melhor mecânico para concertar o motor do carro, verificamos minuciosamente o saldo da conta bancária, mas não nos preocupamos em desenvolver nosso inteligência  espiritual, em buscar DEUS de maneira inteligente.
   A maioria de nós estava, de alguma forma, sendo representada por Judas. JESUS morria por todos os que mancharam a própria história com algum tipo de traição. Judas o traía, e JESUS o perdoava. Mas um grande problema surgiu: Judas seria capaz de se perdoar?
   JESUS queria proteger a emoção de Judas quando o chamou de amigo. estava preocupadíssimo com seu sentimento de culpa. Sabia que o discípulo se torturaria. Nada perturbava mais do que se achar indigno de viver. A crítica dos outros talvez seja insuportável, mas nossa autopunição pode ser intolerável.
   JESUS era um homem seguro e de bem com a vida em situações inóspitas. Seu amor por Judas não cabe no imaginário humano. Sabia que Judas não era um psicopata que fere e mata sem se sensibilizar com a dor da vítima, sem qualquer sentimento de culpa. Paulo, o discípulo tardio, tinha uma agressividade e uma violência muito maiores do que as do traidor. Judas errava muito, mas era um homem sensível. O sentimento de culpa pala traição seria o maior teste da sua vida.
   Se Judas pudesse remover os espinhos e encontrar o perdão e o amor de Jesus, certamente seria um dos principais personagens entre os mais ilustres cristãos do primeiro século. viu JESUS sendo preso por sua causa sem se debater, mostrando serenidade num momento de enorme agitação. todos estavam tensos: Judas, a escolta e os discípulos. Só JESUS dominava seus impulsos. Só ele tinha controle da própria emoção.
   Ao afastar-se, Judas pôs-se a refletir sobre o comportamento de JESUS e começou a se angustiar. Caiu em si e disse que traíra sangue inocente. Tomou consciência de que traíra o mais inocente dos homens. Uma angustia dramática tomou conta do território da sua emoção, bloqueando os principais arquivos da sua memória. Não conseguia pensar direito. Não conseguia encontrar as sementes de JESUS nos arquivos bloqueados. O perdão, o amor e a compreensão não eram alcançados. Precisava recordar a parábola do filho pródigo, as palavras do sermão da montanha, as palavras no ato da traição, mas os fenômenos que constroem cadeias de pensamentos se ancoraram nas matrizes doentias da sua memória. A culpa o controlou.
   Quantos, neste exato momento em que você está lendo esta postagem, estão sendo torturados pelos sentimentos de culpa? Acham-se indignos de viver, de existir. Uma dose leve de sentimento de culpa pode gerar reflexão e mudança de rota. Mas uma dose alta é capaz de gerar auto-destruição.
   Judas não suportou. Pensou em morrer, achando que não haveria lugar na terra para um traidor, sobretudo o traidor do Mestre dos Mestres JESUS. Ninguém o compreenderia. Ele não suportaria conviver com seu erro. Ledo engano? Se usasse, para reconhecer seu erro e se arrepender, a mesma coragem que teve para trair, corrigiria a sua trajetória e brilharia. Não seria possível mudar o destino de JESUS, pois ele morreria de qualquer maneira, mas Judas mudaria o próprio destino.
   Quando o mundo nos abandona, a solidão é insuportável, mas quando nós nos abandonamos, a solidão é quase insuperável. Nunca devemos nos auto abandonar. Judas se abandonou. Não se perdoou. desistiu de si mesmo. Suicidou-se. Mas ele queria matar a própria vida? Não!
   Ninguém que pensa em suicídio ou que pratica atos suicidas quer exterminar a existência, mas a dor que solapa a sua alma. quem pensa em suicídio tem fome e sede de viver. Um pensamento sobre a morte é sempre uma manifestação de vida, é a vida pensando na morte. 
   A consciência não consegue pensar na inconsciência absoluta. A consciência não atinge, através do mundo das ideias, o nada existencial. Nenhum ser humano pensa em dar fim a vida, mesmo quando atenta contra ela. O que ele deseja é dar fim ao sentimento de culpa, a solidão, ansiedade, depressão.
   Há poucos dias uma jovem tentou o suicídio. Aflita, ela me procurou. Disse que tinha pensado, durante anos, em morrer. O motivo? Contou que seus pais não a compreendia, não conseguiam entrar no mundo dela. Pagavam escola, davam-lhe roupas, mesada e cobravam muito dela, mas não a conheciam. Ela queria conversar com eles sobre seus sonhos, suas dores, suas crises. Mas os pais só conseguiam corrigir seus erros, repreendê-la. Então, ela tentou o suicídio tomando vários remédios. Queria que, quando morresse, as pessoas pensassem nela. sentia uma grande carência. 
   Tive uma conversa séria e honesta com a jovem. Comentei que ela jamais deveria destruir sua vida por nada e por ninguém. Disse-lhe que se matar é a atitude mais frágil diante dos obstáculos da vida. Falei que nada é tão indigno quanto tirar a vida. Ela devia usar sua dor não para destruí-la, mas para torná-la mais forte. E afirmei que, no fundo, ela tinha fome de viver. Como muitos pacientes, essa jovem deu um salto emocional. O sorriso voltou ao seu rosto na primeira consulta.
   A pessoa que se suicida provoca cicatrizes na alma dos que a amam. É possível superar a mais longa noite e transformá-la no mais belo amanhecer. Não há lágrima que não possa ser estancada, ferida que não possa ser fechada, perda que não possa ser enfrentada e culpa que não possa ser superada. Os que transcendem seus traumas e erros tornam-se belos e sábios.
   APRENDA A SE PERDOAR. NÃO TENHA MEDO DA DOR. JAMAIS SE ESQUEÇA DAS SEMENTES DO MESTRE DA VIDA JESUS CRISTO.

LIVRO O MESTRE INESQUECÍVEL.
AUGUSTO CURY. 
DIÁCONO LUIS MARIANO SIQUEIRA. CARPINA - PERNAMBUCO 30/06/2013    

quarta-feira, 19 de junho de 2013

A PERSONALIDADE DE JUDAS E SEUS CONFLITOS QUERENDO MUDAR O MUNDO EXTERIOR.

JESUS CRISTO.


A PERSONALIDADE DE JUDAS E SEUS CONFLITOS QUERENDO MUDAR O MUNDO EXTERIOR.

   "Então, um dos doze, chamado Judas Iscariotes, indo ter com os principais sacerdotes, propôs: Que me quereis dar, e eu vo-lo entregarei? E pagaram-lhe trinta moedas de prata. E, desse momento em diante, buscava ele uma boa ocasião para o entregar. Mateus 26.14-16".

   Judas tinha todas as condições para se transformar numa boa terra, num dos grandes líderes que mudariam a história da humanidade. Como vimos, os solos que JESUS CRISTO descreveu na parábola do semeador podem representar quatro estágios do desenvolvimento da personalidade de uma mesma pessoa.
   Todos os discípulos, á exceção de Judas, começaram no primeiro estágio. Eram um solo a beira do caminho, possuíam uma personalidade impermeável, inflexível, difícil de ser trabalhada. Judas, pelas características de sua personalidade, começou no segundo estágio. Seu coração emocional tinha pedras, mas acolheu rapidamente as sementes plantadas por JESUS, e logo elas brotaram. As raízes eram pequenas e frágeis.
   Pouco a pouco JESUS começou a sofrer forte oposição. Judas ficou assustado com o ódio dos fariseus. Algumas vezes, seus opositores expulsaram o Mestre das sinagogas; em outras, chamaram-no de louco, e, em outras ainda, pegaram em pedras para esmagá-lo. Judas ficava amedrontado. O calor do sol começou a queimar as raízes frágeis. Mas o treinamento que JESUS realizava sulcava a terra e permitia que as sementes invadissem áreas mais profundas.
   Foi um belo começo. Judas era uma pessoa alegre e realizada. Admirava JESUS. Seus discursos o inspiravam. Seu poder o fascinava. Para ele, o carpinteiro de Nazaré era o grande Messias aguardado durante séculos por Israel. Seus milagres, sua oratória e sua inteligência confirmava isso.
   Judas venceu o teste do calor do sol. Superou as angústias, as perseguições, as críticas, a fama de louco. Cresceu até passar para o terceiro estágio, o solo espinhoso.
   Seu coração parecia um jardim cujas plantas escondiam os rebentos que floresciam na mais bela primavera. Mas, sem que ele percebesse, cresciam paralela e sutilmente os espinhos, representados pelas ambições, pela fascinação pelas riquezas, pelas preocupações com a vida.
   No início, Judas não tirava os olhos do Mestre. Ao seu lado, o mundo, embora perigoso, se tornava um oásis. Mas, paulatinamente, foi voltando os olhos para dentro de si mesmo. Pensamentos negativos, dúvidas, questionamentos começaram a transitar pelo palco de sua mente. Infelizmente, ele os represou, nunca os expôs para JESUS. Se você quiser evitar grandes problemas no relacionamento com as pessoas que ama, fale com elas, trate as pequenas coisas que o perturbam hoje. Pequenos espinhos podem causar grandes infecções.
   À medida que dúvidas pairavam na mente de Judas, a ansiedade cultivava ervas daninhas na sua alma. Os treinamentos de JESUS já não reeditavam, como nos demais discípulos, arquivos secretos e doentios do seu ser. Judas continuava discreto, mas seus interesses não estavam em sintonia com os do homem que ele seguia e admirava.
   Judas tinha dois grupos de conflitos. O primeiro foi construído ao longo do processo de sua personalidade. Alguns desses conflitos eram controláveis; outros, controladores. Uns eclodem na infância; outros, na adolescência, e outros, na fase adulta. O problema não é termos características doentias em nossa personalidade, mas a forma como as administramos.
   Judas era uma pessoa autossuficiente e não transparente. Estas características não o controlavam nos primeiros dois anos em que acompanhou JESUS CRISTO. Messe período, embora não entendesse alguma reações do Mestre, Judas tinha a convicção de que JESUS era o Messias.
   Controlar nossas caraterísticas doentias e não deixar que elas se manifestem não significa superá-las definitivamente. Para superá-las é necessário reescrevê-las nas matrizes da memória. Mais cedo ou mais tarde elas podem ser sutilmente nutridas e surgir numa fase adulta. A perda de um emprego pode fazer eclodir uma grande insegurança que estava represada. Um ataque de pânico pode trazer á tona uma preocupação excessiva com doença que estava razoavelmente controlada.
   Foi o que aconteceu com Judas. Ele parecia o mais equilibrado dos discípulos, mas apenas mantinha sob controle suas características doentias. As dos demais discípulos eram mais visíveis e causaram mais tumulto. Portanto, era mais fácil tratá-lo.
   Não é tão fácil tratar as pessoas tímidas. Embora pareçam mais éticas e solícitas do que a média das pessoas, elas ocultam conflitos. Falam pouco, mas pensam muito. Como não se expõem, é difícil ajudá-las. Para elas a melhor maneira de administrar os conflitos é escondendo-os. Não tenha medo nem vergonha dos seus conflitos. Desista de ser perfeito. O Mestre da Vida nunca exigiu que seus discípulos não falhassem; exigiu, sim, que perdoassem, que tivessem compaixão e amor uns pelos outros.
   Judas tinha, provavelmente, menos conflitos do que os demais discípulos, mas era uma pessoa que se escondia atrás de sua aparência ética. Seus parceiros não o conheciam, nem ele mesmo conhecia suas mazelas psíquicas. 
   O segundo grupo de conflitos de Judas advinha da sua relação com JESUS. Judas ficava perturbado com os paradoxos do Mestre. JESUS contrariava qualquer raciocínio lógico e linear, mesmo dos dias atuais.
   O Mestre dos Mestre era capaz de uma oratória sem precedentes, mas, logo depois de deixar as multidões extasiadas com suas ideias, procurava o anonimato. Seu poder de atuar no mundo físico e curar doenças era capaz de deixar atônitas a física e a medicina moderna, mas jamais o usava para que o mundo se dobrasse aos seus pés. Ele se dizia mortal, mas anunciava que morreria, como o mais vil dos mortais, pendurado numa trava de madeira. Inquietou os líderes de Israel com sua inteligência, mas não procurava convencê-los a aderir á sua causa.
   Dificilmente alguém tão grande despreza os aplausos humanos e o poder político como ele desprezou. Os olhos tristes de um leproso eram mais importantes para ele do que o mundo aos seus pés. A compaixão por uma prostituta arrebatava-lhe o coração mais do que uma reunião de cúpula querendo aclama-lo rei. Quem poderia entender um comportamento desses? Até hoje milhões de judeus admiram JESUS, mas não o compreendem e não o consideram o Messias.
   Na atualidade, grande parte da humanidade diz seguir seus ensinamentos, mas a maioria não conhece essas características de sua personalidade. Sob qualquer aspecto - teológico, psicológico, psiquiátrico, sociológico ou filosófico -, é difícil compreendê-lo, mas em todos eles JESUS foi o Mestre dos Mestres.
   O que me encanta como pesquisador da psicologia e da filosofia não são os milagres fantásticos que ele fez, mas sua capacidade de não perder as raízes. JESUS nadou contra a correnteza da intelectualidade. A fama não o seduziu. Ao contrário da grande maioria das pessoas que dão um salto na fama, ele sempre deu uma atenção especial a cada ser humano. Nos últimos dias antes de sua morte ele era famosíssimo. Tinha milhões de coisas com que se preocupar. Mas abandonou tudo por causa de um simples amigo, Lázaro. "Estava enfermo Lázaro, de Betânia, da aldeia de Maria e da irmã Marta. João 11.1".
   JESUS era incompreensível para Judas. Nos primeiros tempos o Mestre foi fonte de alegria para ele, depois se tornou uma fonte de conflitos. Uma pedra no caminho de suas ambições.
   Judas queria que JESUS eliminasse todos os sofrimentos de Israel, mas JESUS afirmava que não há noite sem tempestades, jornadas sem obstáculos, risos sem lágrimas. Para Judas, o problema da sua nação era o cárcere do Império Romano. Para JESUS, o problema era muito mais grave, era o cárcere da emoção, o cárcere das zonas de conflito que se encontravam nas matrizes da memória. O problema estava na essência do ser humano.
   JESUS dizia, de múltiplas formas, que o ser humano só seria livre se fosse livre dentro de si mesmo, se seu espírito fosse transformado, se a fonte dos seus pensamentos fosse renovada, reescrita.
   A decepção com JESUS criou um clima favorável para o cultivo dos espinhos. O entusiasmo, a alegria e os sonhos iniciais de Judas se converteram em preocupações e ansiedades. Uma competição estabeleceu-se no seu interior.
   A compreensão sociopolítica do Mestre dos Mestre era invejável. Marx teria muito a aprender com ele. JESUS sabia que somente uma mudança de dentro para fora pode ser revolucionária. Somente a mudança nos solos conscientes e inconscientes pode gerar o mais belo florescimento da ética, da solidariedade, do respeito pelos direitos humanos e, principalmente, de um amor mútuo.
   Tenho, durante anos, me perguntado por que um discípulo íntimo de JESUS o traiu? JESUS era seguro e honesto; ninguém exalou tanta doçura, gentileza e serenidade. Mesmo nas pouquíssimas vezes em que se irou, não agrediu as pessoas, mas o sistema hipócrita em que viviam.
   Como Judas pode traí-lo? Na realidade, Judas foi controlado por seus conflitos. Antes de trair JESUS externamente, traiu a imagem de JESUS que construíra dentro de si. Essa imagem não batia com a imagem do Salvador de Israel que ele inicialmente tinha.
   Milhares de pensamentos dominavam o palco da mente desse jovem discípulo. Ele entregava sua vida por alguém que agora não compreendia. Creio que Judas jamais deixou de admirar JESUS, mas nunca chegou a amá-lo.
   As lições da escola viva de JESUS ajudaram a desenvolver a personalidade de Judas, mas não podiam fazê-lo amar. Amar é o exercício mais nobre do livre-arbítrio. Ninguém controla plenamente a energia do amor, mas pode direcioná-la ou obstruí-la. Judas precisava decidir amar JESUS. Geralmente a obstrução do amor resulta de frustrações e desencontros. Se Judas abrisse seu ser para JESUS, expusesse seus conflitos, falasse das suas decepções, seria apaixonado pelo Mestre da Vida. O verdadeiro amor faz com que uma pessoa nunca desista da outra, por mais que ela a decepcione.
   Muitos casais se separam porque não se admirem, mas porque não conseguem falar das próprias frustrações um para o outro. Só percebem que o casamento está falido quando um dos cônjuges pede o divórcio. A partir de hoje, seja transparente com quem você ama, inclusive com seus filhos e amigos. A falta do diálogo faz com que as pequenas pedras se transformem em montanhas. 
   JESUS também frustrara os demais discípulos por não atender ás suas ambições, mas ele os amavam. Não abriam mão deles, por mais que enfrentassem problemas, por mais incompreensível que fosse sua atitude de amar os inimigos e dar valor inestimável aos que viviam á margem da sociedade.
   Judas traiu o Filho do Homem, e não o FILHO de DEUS.  Judas não acreditava que JESUS era o Messias. Um crucificado que dizia que morreria pela humanidade não correspondia ás suas expectativas. Ele procurava um herói. Até hoje muitos procuram um JESUS herói. É difícil entender alguém que despreza o poder e ama as coisas simples e aparentemente desprezíveis.
   
EXTRAÍDO DO LIVRO
O MESTRE INESQUECÍVEL
AUGUSTO CURY.

DIÁCONO: LUIS MARIANO SIQUEIRA.
CARPINA - PERNAMBUCO 19/06/2013

sexta-feira, 14 de junho de 2013

UM CHAMADO QUE JAMAIS PAROU DE ECOAR NO CORAÇÃO DAS FUTURAS GERAÇÕES.

JESUS CRISTO SALVADOR.




UM CHAMADO QUE JAMAIS PAROU DE ECOAR NO CORAÇÃO DAS FUTURAS GERAÇÕES.

   "No dia seguinte, estava João outra vez na companhia de dois dos seus discípulos e, vendo JESUS passar, disse: Eis o Cordeiro de DEUS! Os dois discípulos, ouvindo-o dizer isto, seguiram JESUS. E JESUS, voltando-se vendo que o seguiam, disse-lhes: Que buscais? Disseram-lhe: Rabi (que quer dizer Mestre), onde assistes? Respondeu-lhes: Vinde e vede. Foram, pois, e viram onde JESUS estava morando; e ficaram com ele aquele dia, sendo mais ou menos a hora décima. Era André, o irmão de Simão Pedro, um dos dois que tinham ouvido o testemunho de João e seguido JESUS. Ele achou primeiro o seu próprio irmão, Simão, a quem disse: Achamos o Messias (que quer dizer o CRISTO), e o levou a JESUS, olhando JESUS para ele, disse: Tu és Simão, o filho de João; tu serás chamado de Cefas (que quer dizer Pedro) João 1.35-42".

   Pedro e André não entendiam por que tinham sido atraído nem as consequências de seus atos, mas não puderam mais ficar dentro do barco. Todo barco é pequeno demais quando se tem um grande sonho. Se pescar peixes oferece prazeres, pescar homens deveria ser muito mais emocionante. Subitamente, eles deixaram o passado e foram atrás de um homem que mal conheciam.
   Os parentes diziam que era loucura. A esposa de Pedro devia estar chorando e indagando de que iriam sobreviver. Muitas dúvidas, pouca certeza, mas muitos sonhos habitavam a mente desses pescadores.
   Minutos depois, JESUS encontrou dois outros jovens, mais novos e inexperientes. Eram Tiago e João. Estavam á beira da praia consertando redes. Ao lado deles, o pai e os empregados envolviam-se em outra atividades. Discretamente, JESUS se aproximou. Tiago e João levantaram a cabeça. Ele os fitou e fez o mesmo intrigante convite. JESUS não os persuadiu, ameaçou ou pressionou, apenas os chamou. "Eles, deixando imediatamente o barco e o pai, o seguiram. Mateus 4.20". Um pequeno momento mudou para sempre suas vidas.
   Zebedeu ficou chocado com a atitude dos filhos.Lágrimas escorreram por seu rosto. Não entendia por que eles estavam deixando as redes. segurando-os pelo braço, talvez dissesse: "Filhos, não abandonem o seu futuro", "Vocês nem mesmo conhecem a quem estão seguindo".
   Convencer o pai de que aquele era o Messias não seria tarefa fácil. Um Messias não podia ser tão comum e sem pompa. Os empregados, espantados, se entreolhavam. Vendo que nada os dissuadia, Zebedeu decidiu deixá-los partir. Talvez tenha pensado: "Os jovens são rápidos para decidir e rápidos para retornar: Logo voltarão para o mar". Mas eles nunca voltaram.
   Deixaram imediatamente as redes. A vida é um grande contrato de risco. basta estar vivo para se correr risco. Risco de fracassar, de ser rejeitado, de se decepcionar com as pessoas, de ser incompreendido, de ser ofendido, de ser reprovado, de adoecer. Até um vírus, que é milhões de vezes menor do que um grão de areia, representa um grande risco.
   E como a vida é um grande contrato de risco, quem se esconde num casulo com medo de enfrentar os riscos, além de não eliminá-los, será sempre um frustrado. É preciso coragem para superar conflitos, encontrar soluções e realizar nossos sonhos e projetos.
   Um funcionário tímido que segue estritamente a rotina do trabalho procura não incomodar ninguém, que não emite opiniões sobre o que pensa, poderá ser bem-avaliado, mas dificilmente chegará a um posto de direção da empresa. E se isso acontecer, não estará preparado para enfrentar crises e desafios. Por outro lado, um aventureiro desmedido, que não pensa minimamente nas consequências dos seus atos, que corre risco pelo simples prazer de aventura, também pode levar a empresa ao fracasso.
   Ao analisarmos as biografias de JESUS CRISTO, principalmente os evangelhos de Mateus e Marcos, sob a ótica dos discípulos e das transformações que ocorreram em suas vidas, ficamos fascinados. A Felipe ele disse simplesmente: "SEGUE-ME. João 1.42". Sob o impacto das suas palavras, ele o seguiu. Os discípulos correram riscos intensos. Não entenderam a dimensão da proposta, mas sentiram que era feita por um homem vibrante. 
   Embora fossem inseguros, os jovens galileus tiveram, pela primeira vez, uma coragem contagiante. Não pensaram nos perigos que correriam, nas perseguições e no suprimento das suas necessidades básicas. Nem mesmo se preocuparam em saber onde dormiriam. O convite de JESUS carregava um desejo de mudança do mundo. Era simples, mas forte e arrebatador como as ondas do mar.
   tento analisar o que aconteceu no âmago da mente desses jovens, mas tenho limitações. Há fenômenos que ultrapassam a previsibilidade lógica. Havia algo "MÁGICO", no melhor sentido do termo, no chamado de JESUS CRISTO.
   Era algo parecido, embora muito mais forte, com o olhar que á primeira vista cativa dois amantes, com a inspiração do poeta que o conduz a criar a mais bela poesia, com a descoberta do cientista que há anos procura uma resposta, com o dia em que, embora rodeados de problemas, acordamos animados e exclamamos para nós mesmos: "COMO A VIDA É BELA!"
   Como mudar todos os planos e seguir um estranho? Se fosse você que aceitasse esse convite do Mestre da Vida, que explicação daria aos seus país? Seus amigos entenderiam sua atitude? Que justificativa daria a si mesmo? Os conflitos eram enormes. Mas aconteceu algo nos solos da alma e do espírito desses jovens, levando-os a correr todos os riscos.
   É fascinante ver as pessoas investindo sua vida naquilo em que acreditam, nos sonhos que as alimentam. As atitudes de Pedro, André, João Tiago foi repetida inúmeras vezes ao longo dos séculos. Em cada geração, milhões de pessoas resolveram seguir JESUS. Seguir alguém que não conhecem. Seguir alguém que nunca viram, que apenas tocou-lhe o coração. Um toque que deu um novo significado á vida dessas pessoas. Que mistério é esse?
   Se analisarmos a história, veremos que muitas pessoas, como Agostinho, Francisco de Assis, Tomás de Aquino e tantos outros, ouviram um chamado inaudível  um chamado inexplicável pela psicologia, que as fez romper a estrutura do egoísmo e preocupar-se com as dores e necessidades dos outros. Um chamado que os estimulou a serem pescadores de seres humanos e a amá-los, aliviá-los, ajudá-los. Seduzidos por essa inaudíveis palavras, largaram tudo para trás.
   Deixaram suas redes, seus barcos e as expectativas da sociedade. Deixaram sua profissão e seu futuro, se transformaram nos íntimos seguidores do Mestre. Tornaram-se líderes espirituais, padres, pastores, freiras, missionários, pessoas anônimas que se doaram sem medidas. Viveram para os outros. Eles talvez tenham dificuldades de explicar por que abandonaram o "MAR", mas estão convictos de que não puderam resistir ao chamado interior do Mestre do AMOR.
   Antigamente achava-se que correr riscos para seguir alguém invisível parecia sinal de insanidade. depois de anos de pesquisas científica sobre  funcionamento da mente, sobre o desenvolvimento da inteligência, e de exercício da psiquiatria e psicoterapia, admiro esses homens e mulheres. Muitos não abandonaram suas atividades seculares, mas doaram seu tempo, seu dinheiro, sua profissão e o seu coração ao ser humano, se tornaram-se igualmente poetas do amor.
   Independentemente da religião que professam e dos seus erros e acertos, investiram a vida deles num plano transcendental. A prenderam a amar o ser humano e a considerar a vida um fenômeno que não se repetirá. Resolveram desenvolver uma das mais nobres inteligências: A inteligência espiritual.
   Compreenderam que a vida é muito mais do que o dinheiro, a fama ou a segurança material. Por isso, andando na contramão do mundo moderno, eles procuram os mistérios que se escondem além da cortina do tempo e do espaço.
   Hoje, a humanidade se dobra aos pés de JESUS CRISTO por causa da ousadia dos seus primeiros seguidores. Ser um dos seus discípulos, no primeiro século, era assinar o maior contrato de risco da história. Pelo fato de esses jovens terem tido a coragem de segui-lo, suas ideias, pensamentos e reações permearam a história.
   As palavras de JESUS CRISTO são utilizadas em todas as religiões. Maomé, no Alcorão, valoriza-o ao extremo, chamando-o de Sua Dignidade. O budismo, embora tenha sido criado antes de JESUS CRISTO, incorporou seus principais ensinamentos. Pequenos acontecimentos incendiaram civilizações e mudaram a vida de bilhões de pessoas.

EXTRAÍDO DO LIVRO:
O MESTRE INESQUECÍVEL.
AUGUSTO CURY.
JESUS, O MAIOR FORMADOR DE PENSADORES DA HISTÓRIA.

DIÁCONO: LUIS MARIANO SIQUEIRA.
CARPINA - PERNAMBUCO. 15/06/2013

sábado, 8 de junho de 2013

UM CHAMADO IRRESISTÍVEL DE JESUS CRISTO PARA TODOS.

JESUS CRISTO.




UM CHAMADO IRRESISTÍVEL DE JESUS CRISTO PARA TODOS.

"Caminhando junto ao mar da Galileia, viu dois irmãos, Simão, chamado Pedro, e André, que lançavam as redes ao mar, porque eram pescadores. E disse-lhes: Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens. Então, eles deixaram imediatamente as redes e o seguiram. Passando adiante, viu outros dois irmãos, Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão, que estavam no barco em companhia de seu pai, consertando as redes; e chamou-os. Então, eles, no mesmo instante, deixando o barco e seu pai, o seguiram. Mateus 4.18-22".

   Pequenos momentos que mudam uma história. A vida é feita de detalhes. Pequenos detalhes mudam uma vida. Uma pessoa se atrasa alguns minutos para um compromisso e o seu atraso a faz encontrar alguém que acabará se tornando a mulher ou o homem da sua vida.
   Um amigo meu, que conviveu durante anos com um colega de trabalho ansioso e difícil, tinha de se controlar para não manifestar sua irritação. Um dia exasperou-se e disse palavras duras. Percebendo sua falha, humildemente pediu desculpas. Foram 10 segundos de desculpas que criaram vínculos que anos de trabalho não produziram. Os dois se tornaram grandes amigos.
   Você beija o rosto de uma pessoa que ama. Há tempos não fazia isso. Você a tinha ferido sem perceber. Seu pequeno gesto curou uma mágoa oculta. Um beijo de um segundo gerou afeto, desobstruiu a emoção. A alegria voltou.
   Os que desprezam os pequenos acontecimentos dificilmente farão grandes descobertas. Pequenos momentos mudam grandes rotas. Se você quer escrever uma bela história de vida, não se esqueça de que os pequenos detalhes inauguram grandes capítulos.
   Foi o que aconteceu há muitos séculos na vida de alguns jovens que moravam ao redor do mar da Galileia. Diminutos momentos mudaram a vida deles, e eles mudaram a história, mudaram a nossa maneira de pensar na existência. A humanidade nunca mais foi a mesma. Vamos ver o que aconteceu.
   A personalidade construída sob o fragor das ondas. Alguns jovens que moravam perto de um mar de rara beleza cresceram ouvindo o barulho das águas. O vento roçava a superfície do mar, levantando o espelho-d'água e formando ondas, num espetáculo sem-fim. Quando meninos, eles brincavam e corriam na areia, familiarizando-se com o mar.
   Assim era a vida desses jovens. Seus avós pescadores, seus país eram pescadores e eles se tornaram pescadores e, naturalmente, deveriam morrer pescadores. O destino deles estava traçado, e seu mundo era o mar da Galileia. Seus sonhos? Aventuras, ondas e grandes pescarias. Entretanto, os peixes escasseavam. A vida era árdua. 
   Lançar e puxar as pesadas redes do mar era extenuante. A musculatura se ressentia depois de horas de trabalho. Suportar as rajadas de vento frio e as ondas rebeldes durante toda a noite não era para qualquer um. E o pior: Frequentemente o resultado era frustante. Ás vezes, não pegavam nenhum peixe. Ao voltarem, desanimados e cabisbaixo, reconheciam o fracasso: As redes estavam leves e o coração, pesado.
   Eles não gostavam da vida que levavam. Todos os dias as mesmas pessoas, os mesmos obstáculos, as mesmas expectativas. Num ímpeto diziam uns para os outros que mudariam de vida. Mas tinham ouvido seus pais dizerem a mesma coisa, e nada mudara. A coragem surge no terreno da frustração, mas se dissipa diante da realidade. Sobreviver em Israel naquela época, era difícil. Correr riscos para mudar de vida era quase um delírio.
   Pedro o mais velho, mas ainda jovem, casou-se cedo. Parecia decidido. Embora reclamasse da pesca, sua porção de coragem não era suficiente para largar as redes. Tinha um irmão, André. Este era discreto e tímido. Ambos provavelmente morreriam pescadores. Sabiam que a miséria era o subproduto mais evidente de um povo dominado pelo Império Romano. As nações subjugadas deveriam sustentar a pesada máquina de Roma, com sua burocracia e seus exércitos.
   Na mesma prai, não muito distante dali, dois outros jovens, Tiago e João, ajudavam seu pai, Zebedeu, a concertar as redes. Zebedeu era um judeu próspero. Tinha barcos e empregados. Mas, ao que tudo indica, a base da educação dos filho vinha da mãe. Era uma mulher de fibra, daquelas que colocam combustível nas ambições legítimas desta vida. Era uma judia fascinante que honrava a tradição que permanece viva até hoje: "Um homem só é judeu se sua mãe for judia". A força da mãe é imbatível. Com uma das mãos ela afaga o rosto dos filhos, com a outra dirige seus corações e move o mundo.
   Ela queria que seus filhos brilhassem. Talvez sonhasse em construir a maior empresa de pesca da Galileia. Embora ambiciosos, Tiago e João possuíam uma cultura que não lhe permitia pensar muito além de barcos, redes e peixes. A estrutura empresarial familiar, no entanto, levaria esses jovens a seguir um único destino: A profissão do pai. Seguir outro caminho era loucura.
   Zebedeu e sua esposa davam-lhes conselhos constantes: "Nós trabalhamos muito para chegar onde chegamos. Cuidado! Vocês podem perder tudo. Há milhares de pessoas morrendo de fome. Jamais abandonem o negócio do seu pai. Vivemos tempos difíceis. Economizem! Gastem tempo consertando as redes".
   Todos os dias Tiago e João ouviram conselhos sábios, mas sombrios, dos país. Portanto, não se meteriam em confusão. A palavra aventura não fazia parte do seu dicionário de vida. Riscos? Apenas aqueles que o mar escondia.
   Pedro, André, Tiago e João seguiam a tradição de seus país. Acreditavam num DEUS que tinha criado o céu e a terra. Um DEUS inalcançável que eles deveriam temer reverenciar. Um DEUS que estava a anos-luz das angústias, necessidades e ansiedades humanas. 
   Na mente desses jovens não deveriam passar as inquietações sobre o mistério da vida. A falta de cultura e a labuta pela sobrevivência não os estimulavam a voos intelectuais. Eles não tinham a mínima ideia sobre os segredos da existência humana. O pensamento deles estava entorpecido como até hoje o das pessoas que são escravas da competição e das pressões sociais do mundo moderno. Viver, para eles, era um fenômeno comum, e não uma aventura vibrante.
   Nada parecia capaz de mudar-lhes o destino. Mas diminutos acontecimentos mudam grandes trajetória.
   Pedro e André tinham ouvido falar dos discursos de João Batista. Mas entre as ideias do homem do rio e a realidade do mar havia um espaço quase intransponível. Certo dia, os jovens pescadores jogaram a rede no mar e se prepararam para mais um dia de trabalho. Não havia nada de diferente no ar. A massacrante rotina os aguardava.
   De repente, viram uma pessoa diferente caminhando pela praia. Seus passos eram lentos e firmes. A imagem, antes distante, se aproximou. Pararam seus afazeres e a observaram. Aquele estranho também deteve o olhar neles. Incomodados, os dois se entreolharam. Então, o estranho quebrou o silêncio. Com voz firme, lhe fez a proposta mais absurda do mundo: "Segui-me, e eu farei de vós pescadores de homens. Mateus 4.19".
   Nunca tinham ouvido tais palavras, que mexeram com os segredos da alma desses dois jovens. Ecoaram num lugar em que os psiquiatras não conseguem entrar. Penetraram em seus espíritos e geraram um questionamento sobre o significado da vida, e por que vale a pena lutar.
   Todos nós deveríamos, em algum momento da nossa existência, questionar nossa própria vida. Quem não consegue fazer esse questionamento será escravo da rotina. Será controlado pela mesmice, nunca enxergará nada além do véu do sistema. Viverá para trabalhar, cumprir obrigações profissionais, ter um papel social. Por fim, sucumbirá no vazio. Viverá para sobreviver até a chegada da morte.
   Pedro e André já estavam com a vida definida. A rotina do mar afogava seus sonhos. O mundo deles tinha poucas léguas. Mas, inesperadamente, apareceu algo que lhes incendiou o espírito de aventura, JESUS arrebatou-lhes o coração com uma proposta que revolucionaria as suas existências. 
   A análise psicológica dessa passagem impressiona, porque JESUS não deu grandes explicações sobre sua proposta. Não fez discursos nem milagres. Entretanto, a maneira como falou e a proposta que fez deixaram em brasas vivas o território da emoção de Pedro e André.
   Quem se arriscaria a segui-lo? Jamais alguém fizera uma oferta dessas a quem quer que fosse. Pense um pouco. Seguir quem? Quais são as credenciais do homem que fez a proposta? Quais as implicações sociais e emocionais que ela provocaria?
   JESUS CRISTO era um estranho para eles. Não passava de um homem cercado de mistérios. Não tinha nada de palpável para oferecer a esses jovens inseguros. Você aceitaria tal oferta? Largaria tudo para trás e o seguiria? Deixaria a rotina estafante, mas segura, para seguir um caminho sem destino? 
   JESUS CRISTO não lhes prometeu poder. Não lhes prometeu um céu sem tempestades, caminho sem fadigas, vida sem dor. Suas vestes eram simples, sua pele estava castigada pelo sol, não tinha secretários, dinheiro, não havia uma escolta atrás dele e, ainda por cima, estava a pé.
   Quem teria coragem de segui-lo? e, ainda, segui-lo para fazer o quê? Ser pescador de homens? Pedro e André viram seus avós e seus país se embrenharem na voragem do mar,
. Eles também se tornaram pescadores. Pescavam peixes e cheiravam a peixe. Jamais tinham ouvido falar em pescar homens. O que é isso? Com que propósito? Como fazê-lo? Era uma oferta estranha e arriscada.
   Como você reagiria diante dessa oferta? Se resolvesse seguir JESUS, imagine o transtorno que causaria a você mesmo e aos íntimos. O que explicar aos seus país, aos amigos e á sociedade? Todos esperam algo de você. Esperam que tenham êxito social e profissional. As pessoas entendem certas mudanças na nossa vida, mas não uma mudança radical. Parecia loucura seguir aquele homem. Mas, ao ouvirem a voz do Mestre dos Mestres JESUS CRISTO, os jovens galileus, que não eram amantes de riscos, arriscaram tudo o que tinham para segui-lo.

   

EXTRAÍDO DO LIVRO
O MESTRE INESQUECÍVEL.
 AUGUSTO CURY

DIÁCONO: LUIS MARIANO SIQUEIRA
CARPINA PERNAMBUCO 08/06/2013