JESUS CRISTO UMA VIDA EMOCIONAL SAUDÁVEL.
"Vinde a mim, todos os que estão cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu julgo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para vossa alma. porque o meu julgo é suave, e o meu fardo é leve. Mateus 11.28-30".
Quando o mundo da idéias é desconectado da emoção, o prazer de viver diminui. Quando a fama é mal administrada, ela atinge a saúde emocional. Com o desenvolvimento da comunicação, houve uma expansão excessiva e doentia do desejo de ser famoso. Desde pequenas as crianças querem ser artistas de cinema, cantores, jogadores de futebol, grandes empresários. No fundo desse desejo está o sonho da fama. No entanto, o mundo da fama tem abatido homens e mulheres, pois o mesmo no máximo dura cinco anos e depois vem o desejo obsessivo de se manter na mídia e muitos fazem loucuras para continuar no sistema.
Uma análise da personalidade das pessoas famosas evidencia que, no inicio, a fama produz um êxtase emocional. Com o decorrer do tempo, porém, essas pessoas sofrem nos bastidores de suas mentes a ação do fenômeno da psi coadaptação que faz com que elas pouco a pouco se entediem com o sucesso e a perda da privacidade, diminuindo, assim, o prazer com os aplausos e os assédios.
Para aqueles que pesquisam a inteligência e o funcionamento da mente não existe fama. Ela é um artificio social. Ninguém está acima dos outros ou é mais importante do que eles. É interessante notar que o MESTRE DE NAZARÉ JESUS CRISTO pensava exatamente desse modo. Tanto as pessoas famosas como aquelas que estão no anonimato são seres humanos dignos do mesmo respeito, pois possuem os mesmos fenômenos inconscientes que leem a memória e constroem as cadeias de pensamentos, a consciência e a totalidade da inteligência.
Apesar das particularidade contidas em nossa personalidade partilhamos fenômenos universais que promovem o funcionamento da mente, gerando também necessidades psíquicas universais. As pessoas famosas, ainda que tenham conquistado os maiores troféus, têm, tanto como o africano de Ruanda castigado pela fome, necessidade de sonhar, dialogar, ter amigos, superar a solidão, refletir sobre a existência. Se essas necessidade não são atendidas, a qualidade de vida emocional fica prejudicada.
Schopenhauer, ilustre filósofo alemão disse certa vez que "a fama é uma tolice; a cabeça dos outros é um péssimo lugar para ser sede da verdadeira felicidade do ser humano". De fato, gravitar em torno dos outros e esperar o retorno deles para alimentar nossa paz e felicidade é uma péssima escolha. É dentro de cada um de nós que deve estar a nossa própria felicidade, e não no que os outros pensam e falam a nosso respeito.
Embora amando o mundo das idéias. Schopenhauer não viveu o que discursou, pois foi um amargo pessimista, não alcançou o prazer dentro de si mesmo. Todavia, JESUS CRISTO vivia um prazer que emanavam do seu interior. Suas mais ricas emoções eram estáveis porque não dependia das circunstâncias sociais nem das atitudes dos outros em relação a Ele.
Se a fama e o sucesso, ainda que legítimos, não forem bem-trabalhados, tornam-se um canteiro de angustia, isolamento e tédio. Nada é tão fugaz e instável quanto a fama.
JESUS CRISTO era extremamente assediado. Em alguns momentos queriam aclamá-lo rei. Em outros, davam-lhe nada menos que o status de deus. Mas a fama não o seduzia, e ele tinha mais prazer nos pequenos eventos da vida do que nos grandes acontecimentos sociais. Seus mais brilhantes pensamentos não foram proferidos em ambientes públicos, mas no aconchego simples de uma praia, de um jardim ou na casa de seus amigos.
Características fundamentais de JESUS CRISTO que fizeram de um carpinteiro de Nazaré que não frequentou escolas nem cresceu aos pés de intelectuais da sua época, com uma personalidade impar, diferente de todas as outras. O brilho que ele emanou atravessou os séculos e continua reluzindo em nossos dias.
Por meio dessas características podemos compreender por que ele não teve nenhum tipo de depressão, nem a síndrome do pânico, nem transtorno obsessivo compulsório (TOC) transtorno obsessivo compulsivo, nenhum outro transtorno psíquico.
1- Protegia sua emoção diante dos focos de tensão.
2 - Filtrava os estímulos estressantes.
3 - Não fazia de sua memória uma lata de lixo das misérias existenciais.
4 - Não gravitava em torno das ofensas e rejeições sociais.
5 - Pensava antes de REAGIR.
6 -Era convicto no que pensava e gentil na maneira de expor seus pensamentos.
7 - transferia a responsabilidade de crer nas suas palavras e de segui-lo aos seus ouvintes.
8 - Vivia a arte do perdão. Podia retornar o diálogo a qualquer momento com as pessoas que o frustavam.
9 - Era um investidor em sabedoria diante dos universos da vida. Fazia das suas dores uma poesia.
10 - Não fugia dos seus sofrimentos, mas os enfrentava com lucidez e dignidade.
11 - Quanto mais sofria, mais sonhava.
12 - Não reclamava nem murmurava. Supervalorizava o que tinha, e não o que lhe faltava.
13 - Gerenciava com liberdade seus pensamentos. As ideias negativas não ditavam ordens em sua mente.
14 - Era um agente modificador da sua história, e não vitima dela.
15 - Não sofria por antecipação.
16 - Rompia todo cárcere intelectual. Era flexível solidário e compreensivo.
17 -Brilhava no seu raciocínio, pois abria as janelas da sua memória e pensava em todas as possibilidades.
18 - Contemplava o belo nos pequenos eventos da vida.
19 - Não gravitava em torno da fama e jamais perdia o contato com as coisas simples.
20 - Vivia cada minuto da vida com intensidade Não havia nele sombra de tédio, rotina, mesmice ou angustia existencial.
21 - Era sociável, agradável, relaxante. Estar ao seu lado era uma aventura contagiante e estimulante.
22 - Vivia a arte da autenticidade.
23 - Sabia compartilhar seus sentimentos e falar de si mesmo.
24 - Vivia a arte da motivação. Conseguia erguer os olhos e ver as flores antes que as sementes tivessem brotado, antes de cair das primeiras chuvas.
25 - Não esperava muito das pessoas que o rodeavam, nem das mais intimas, embora se doasse intensamente a elas.
26 - Tinha enorme paciência para ensinar e não vivia em função dos erros dos seus discípulos.
27 - Nunca desistia de ninguém, embora as pessoas pudessem desistir dele.
28 - Tinha enorme capacidade para encorajá-las, ainda que fosse com um olhar. Usava os seus erros como adubo da maturidade, e não como objeto de correção.
29 - Sabia estimular a inteligência delas e conduzi-las a pensar em outras possibilidades.
30 - Conseguia ouvir o que as palavras não diziam e ver o que as imagens não revelavam.
31 - A ninguém considerava como inimigo, embora alguns o considerassem uma ameaça para a sociedade.
32 - Conseguia amar com um amor incondicional, um amor que ultrapassava a lógica do retorno.
Se tivessem estudado a personalidade de JESUS CRISTO, teriam compreendido que ele atingiu não apenas o ápice da inteligência como também a apogeu da saúde emocional e intelectual.
RELATO DO LIVRO:
MESTRE DA SENSIBILIDADE - AUGUSTO CURY
DIÁCONO LUIS MARIANO SIQUEIRA
CARPINA 14/04/2013
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